terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A sombra do vento


“Contemplei aquele homem que eu outrora imaginava forte,
quase invencível, e o vi frágil, vencido sem que ele próprio soubesse.
Talvez estivéssemos vencidos os dois. Inclinei-me (...) e beijei-o na testa,
como se quisesse assim protegê-lo dos fios invisíveis que o
afastaram de mim, daquele pequeno apartamento e das minhas
lembranças, como se achasse que com aquele
beijo poderia enganar o tempo e convencê-lo a não nos atingir
, a voltar outro dia, em outra vida.”
(Carlos Ruiz Zafón em A sombra do vento)

A sombra do vento, romance de Carlos Ruiz Zafón. Acabei de ler o livro e corri para indicá-lo. O livro nos convida a percorrer as ruas de uma Barcelona franquista mergulhada no pós-guerra. Daniel Sempere encontra, no cemitério de livros esquecidos, um livro, A sombra do vento, escrito por Julián Carax. Obcecado, decide procurar por outras obras do autor e descobre que os livros estão sendo destruídos por alguém. No meio da aventura personagens fantásticos a ele se juntarão. É o caso de Fermín Romero de Torres. A leitura do livro já é válida apenas por esta personagem. “A Sombra do Vento usa o cenário grandioso de Barcelona, com suas largas avenidas, seus casarões abandonados, sua atmosfera gótica e espectral, para ambientar um romance arrebatador que é também uma reflexão sobre o poder da cultura e a tragédia do esquecimento. A busca de Daniel marca sua transformação de menino em homem, e desperta no leitor um fascínio renovado pelos livros e pelo poder que eles podem exercer. Ao ler A Sombra do Vento, o desejo que se tem é de, assim como o menino Daniel, abrir as portas do Cemitério dos Livros Esquecidos e descobrir em seus infindáveis corredores o livro que mudará nossas vidas.” (veja crítica completa do site www.editoras.com)

Um comentário:

Anônimo disse...

Anda-se falando bastante sobre o crescimento ou, conclusão de uma fase menino para uma fase homem. Diria que esse assunto rende ainda várias páginas e pode seguir várias várias vertentes. Explore.
: )

Pipoka