terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tubaína...


Lembrei minha infância. Meu filho foi cortar o cabelo. Enquanto esperava, observava a rua. Sábado à tarde. Pessoas passavam de um lado para o outro. Sentado no salão via o prédio do outro lado da rua. Um dia foi o bar do seu Orlando. O bar já não existe mais. Impossível falar dele e não lembrar as grossas lentes dos seus óculos. Não recordar dos doces atrás do vidro. Lembrei de quantas vezes sentei com alguns amigos naquela escadinha. Era ali; no bar do seu Orlando que gastávamos o dinheiro das apostas do futebol. Uma rua contra a outra. A rua de cima contra a rua de baixo. Sábado de manhã. Recordo do dinheiro no saquinho plástico. Ganhando tinha Tubaína. Impossível ficar algumas horas neste local e não recordar.
Ali parado você vê passar pessoas de um tempo já distante. Estão diferentes. Todos nós estamos. Algumas ainda me reconhecem. Acenam. Sorriem. Outras não. Também não as reconheço. Somos estranhos. A vida é mesmo estranha. Passo constantemente naquela esquina. Nunca havia parado para pensar; para lembrar. Devemos fazer este exercício mais vezes. Precisamos estar mais atento às mudanças. Talvez assim, deixaremos de nos surpreender. Não nos tornaremos estranhos. Mas, o que importa? Importa se somos felizes. Você já se perguntou o que precisa para ser realmente feliz? Talvez esteja ali. Tão pertinho...

2 comentários:

Vanessa Taconelli disse...

Oi Bat !!!!
Sábado indo para a Móoca passei pelas ruas da Bresser, logo divaguei a época de faculdade...onde fiz aquele caminho por 4 anos.
Percebi o que mudou (pouco) e me deu uma saudade louca...bom relembrar fases...
Beijos !

Anônimo disse...

sr. Emerson Batista
aiaiai voltei para muitos lugares, cheiros e gostos com este post...aiaiai