sábado, 30 de julho de 2011

Maturidade


"Quanto mais eu vivo,mais eu percebo o impacto da atitude na vida.
Ela é mais importante que o passado, que a educação,que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que as outras pessoas pensam, dizem, ou fazem. " (Chuck Swindoll)


Siro disse que "A dor que mata outra dor vale um remédio". Que seja! Fui buscar forças na pessoa mais forte que conheço. Espantoso para um garotinho de apenas oito anos. Sim, eu sei. Não entrarei em discussões teológicas. Não é essa a questão. Não existe uma.
Havia feito uma promessa. Por muito tempo, adiei. Precisava cumpri-la. Faltava-me força. Ou coragem. Ou as duas coisas. Na verdade, elas sempre estiveram aqui. Foi preciso apenas encará-las. Esta é a grande dificuldade. Não é uma questão de encontrar forças. É uma questão de assumi-la. Ter forças, em geral, significa que precisaremos enfrentar alguma dificuldade. Sempre é muito mais fácil ficarmos imóveis. Vendo o tempo passar. É uma maneira de viver. De um jeito ou de outro a vida seguirá seu caminho. Cada um escolhe o seu. Não se engane. Já escrevi antes, não fazer nada, já é fazer alguma coisa.
Em frangalhos, ainda no caminho para cumprir minha promessa, vi um garotinho triste no banco traseiro. Algo raro. Justificou a tristeza dizendo apenas tratar-se de saudades. Acreditem; não sabia mais onde encontrar forças. Encontrei no retrovisor.
Diariamente aprendo mais com este garotinho. Cheio de coragem. Sempre decidido. Com ele aprendi que maturidade não é apenas “a idade em que já não se deve estar sujeito a imprudências ou a veleidades”. A maturidade vem com experiências. Experiências adquirem-se vivendo. Não devemos confundir atitude com maturidade. Pode-se viver uma vida inteira e nada fazermos em relação à nossa vida. Ou, fazermos tudo. A minha promessa? Não importa. Poderia ser qualquer coisa. Esta experiência foi minha. Encare as suas...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Plantão médico homeopático


"Todo grande progresso da ciência
resultou de uma nova audácia da imaginação."
(John Dewey)

Segundo o mestre Wikipédia, homeopatia baseia-se no princípio similia similibus curantur ("os semelhantes curam-se pelos semelhantes"). Não entendo nada de homeopatia. O pouco que sei foi suficiente para achar esta história hilária. Acho que serve para todos... Vejam o vídeo...

terça-feira, 26 de julho de 2011

O que há


"O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto em alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimno, íssimo, íssimo, Cansaço..."

(Álvaro de Azevedo/Fernando Pessoa)

sábado, 23 de julho de 2011

Sinto saudades...


"Saudade é o amor que não foi embora ainda,
embora o amado já o tenha feito".


Os dias passam. A vida segue. Deve ser assim. O que posso fazer? Sinto saudades. Quem não sente? Perdoem-me a nostalgia. Estou bem? Sim, estou. Mas, sinto saudades...

36 prestações de saudade - Texto de Gabito Nunes

"Dizem que tudo na vida tem dois lados. Um bom e outro ruim. Depende nos olhos de quem está a pimenta. Mas se tem algo realmente ambíguo para uma única alma é um troço chamado saudade. Com ou sem pimenta nos olhos. O dito popular é quem melhor traduz a dualidade de uma saudade quando diz que esta é a maior prova de que o amor valeu a pena. Então sentir a falta é bom. E ruim. Em todos os pontos de vista. Vai entender...

Saudade é amar um passado que nos machuca no presente. É uma felicidade retardada. É deitar na rede e ficar lembrando das ardentes reconciliações depois de brigas homéricas por motivos desimportantes. Sente-se falta de detalhes, como uma toalha no chão, dias chuvosos, da cor dos olhos. A saudade só não mata porque tem o prazer da tortura.

Saudade é o amor que não foi embora ainda, embora o amado já o tenha feito. Ter saudade é imaginar onde deve estar agora, se ainda gosta de vinho Bordeaux, se chorou com a derrota do Grêmio no campeonato nacional, se tem tratado aquela amigdalite. E quando a saudade não cabe mais no peito, se materializa e transborda pelos olhos.

Sentir saudade é ter a ausência sempre do seu lado. É mudar radicalmente a rotina, comer mais salada e menos sorvete, frequentar lugares esquisitos, ter dias mais compridos, ter tempo para os amigos, para o vizinho e para a iguana do vizinho. A saudade é a inconfortável expectativa de um reencontro.

Às vezes a saudade é tão grande que nem é mais um sentimento. A gente é saudade. É viver para encontrar o olhar da pessoa em cada improvável esquina, confundir cabelos, bocas e perfumes, sorrir com os lábios tendo o coração sufocado. Porque mesmo a saudade sendo feita para doer, às vezes percebemos que ela é o meio mais eficaz de enxergar o quanto amamos alguém, no passado ou no presente.

Por que a saudade é o muro de Berlim desmoronado no chão, capaz de agregar opostos, como a tristeza e a felicidade em uma coisa híbrida. Se você tem saudade é sinal que teve na vida momentos de alegria com ela ou ele! No fim das contas, a saudade que agora lhe maltrata nada mais é que uma dívida sendo paga em longas 36 prestações pelo amor usufruído. Agora aguenta...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Tudo é simples...


Já tentaram alguma vez escrever sem pensar? Será que é possível? Não sei... Digo escrever sem ter algo planejado. Um tema. Uma ideia. Nada. Apenas começar a colocar as palavras no papel e deixar-se levar. Vou tentar...
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"Por favor, diga-me quem você é e o que você quer.
E se você pensa que estas são questões simples, tenha em mente
que a maioria das pessoas vive suas vidas inteiras sem
chegar a uma resposta. "
(Gary Zukav)


Escrever sem pensar não é fácil. Mas, quem quer coisa fácil? Eu quero, confesso. Pelo menos uma vez. Sem complicações. Preto no branco. Talvez, hoje, eu seja mesmo assim. Tudo parece simples. Não importam as consequências. Não importa a dificuldade. Tudo é simples. Talvez esteja ficando velho. E a velhice trás a experiência. A experiência faz isso. Entendemos tudo. Mas não foi sempre assim? Sempre pensamos termos todas as respostas. Ingênuos. Não existem respostas. Nunca existiu. Não importa. Estamos sempre querendo o caminho mais fácil. Não sou diferente. Deveria? Claro que não. Começo a entender. Pelo menos uma pequena parte. Insignificante. Uma descoberta. Vida. É minha. Faço tudo ao meu alcance. Sempre. Mais nada. E será tudo. Assim, poderei ficar em paz. A sua? Faça o mesmo. Enquanto pode. Não espere. A decisão é sua. De cada um. É fácil? Diga-me você. É muito simples...

terça-feira, 19 de julho de 2011

O mundo é o lugar em que vivemos.


Encontrei este vídeo no site Saber é bom demais. Adoro vídeos. Já falei várias vezes. O mundo é o lugar em que vivemos. Não sei se possuímos esta consciência. O que sei? Nada. Navegando na internet, encontrei uma historinha. Desconheço o autor.

"Dois homens de meia idade estão na varanda da casa apreciando o por do Sol e conversando. Um deles diz: "Quando o mundo estiver nas mãos dos jovens a civilização estará acabada. Eles não respeitam os valores tradicionais de nossos antepassados. Ele são fúteis e irresponsáveis. Só pensam em diversão e não querem nada com estudo e trabalho" Isto meu caro - eram dois gregos conversando mais ou menos 500 anos antes de Cristo....

Assistam ao vídeo. A conclusão será de cada um...

domingo, 17 de julho de 2011

Parte 25 – Vigésimo quinto contato


COMO VAI AMIGO? RECEBI MAIS UMA CARTA. SEI QUE DEVE ESTAR ANSIOSO POR ELA. AQUI ESTÁ.

A descoberta veio mesmo na hora certa. Como tudo. Você não sabe como fiquei surpreso. Não apenas eu. Todos. Infelizmente nada poderei contar-lhe. Refiro-me ao seu atual momento. Se pudesse ver com seus próprios olhos entenderia. Não é possível. Como não podemos adivinhar o futuro, precisamos construí-lo. Nossas atitudes hoje serão os resultados de amanhã. Você está aí; querendo uma vida totalmente diferente. Não pode imaginar. È exatamente a sua vida de agora que tornará possível uma nova. Não teve escolha. Acontecerá outras vezes. Não ter escolha, muitas vezes é melhor do que fazer uma escolha errada. Não tenho dúvidas. Quando erramos precisamos conviver com esse erro para o resto de nossas vidas. Saber que poderíamos ter feito tudo diferente. Acreditar estar fazendo o correto, não que dizer que é a escolha certa a fazer. Sempre temos opção. Por mais difícil que pareça. Faça sempre a seguinte pergunta: Se for a decisão errada, valerá pagar o preço deste erro? Ah! Se pudéssemos olhar pela janela do futuro! Apenas alguns instantes. Não é possível. A vida é sempre surpreendente. Quando pensamos não haver saída algo totalmente inusitado acontece. Assim é a vida. Há sempre um caminho diferente. Siga seu caminho. Aqui, seguirei o meu. Indicar um caminho a você agora seria um erro. O que sente? Bem, nada posso fazer. São suas experiências. Deve vivê-las para que eu possa existir como sou hoje. Como ensinamento, deixarei uma frase de Bernard Shaw. "As pessoas estão sempre culpando suas circunstâncias pelo que elas são. Eu não acredito em circunstâncias. As pessoas que progridem neste mundo são as pessoas que se levantam e procuram pelas circunstâncias que elas querem, e, se elas não conseguem encontrá-las, elas as fazem." A música me leva ao passado. Para você, ainda será um futuro. Journey - Open Arms.

ATÉ A PROXIMA. UM GRANDE ABRAÇO.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vida...


"Para conquistarmos algo na vida não basta ter talento,
não basta ter força, é preciso também viver um grande amor."
(Mozart)

A vida passa em um piscar de olhos. Eu sei. O tempo tornou-se um tema recorrente em meus textos. Não tem importância. São minhas reminiscências. Não é exatamente sobre o tempo que quero falar. É sobre a vida. E ao falar sobre a vida... Bem, já utilizei certa vez um texto do Mario Quintana. Vou citá-lo novamente. Não consigo pensar em outro mais apropriado.
“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”
Já escrevi demais. O vídeo a seguir é marcante e muito bem feito. Diz tudo; e mais um pouco...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Na sua estante - Pitty


Entrelinha poderia ser definida como o espaço entre duas linhas. Simples. Mas nada é simples. O sentido implícito. O que não foi escrito ou falado. Então, interpretamos. E, tratando-se de interpretação, cada um tem a sua. Assim, encontre-se na entrelinhas...
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"Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido..."



"E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu..."

domingo, 10 de julho de 2011

Apontamento


Reticências. Três pontos. Do latim: reticere (calar alguma coisa). Indica pensamento ou idéia que ficou por terminar. Omissão de algo que podia ser escrito. Mas não foi. Reticências.
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"A minha alma partiu-se como um vaso vazio. Caiu pela escada excessivamente abaixo. Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia louça no vaso. Asneira? Impossível? Sei lá! Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir. Fiz barulho na queda como um vaso que se partia. Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada. E fitam os cacos que a criada deles fez de mim. Não se zanguem com ela. São tolerantes com ela. O que era eu um vaso vazio? Olham os cacos absurdamente conscientes, Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles. Olham e sorriem. Sorriem tolerantes à criada involuntária. Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas. Um caco brilha; virado do exterior lustroso, entre os astros. A minha obra? A minha alma principal? A minha vida? Um caco. E os deuses olham-no especialmente, pois não sabem por que ficou ali".

(Alvaro de Azevedo/Fernando Pessoa)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Hipócritas...


A ideia me ocorreu durante uma conversa com uma amiga. Desde a primeira comunhão, muita coisa aconteceu. A vida é sempre surpreendente. Todos nós temos um lado obscuro. Do avesso. Aceitemos ou não. Nossa antítese. Antítese consiste na exposição de ideias opostas. A arte do conflito.
Amigos leitores, não se assustem. Apresento "A antítese" destas reminiscências. Nem tanto nas ideias, mas, principalmente na forma. Na maneira de escrever. Um pouco. Prometo. Só um pouco do meu lado obscuro...

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"Falsos e hipócritas são aqueles que
tudo fazem com palavras, mas na realidade nada fazem."
(Demócrito)

Escreveu Machado de Assis: “Também a dor tem suas hipocrisias”. Somos hipócritas. É verdade. Eu sou. Você também. Não está livre. Não negue. Ou negue, se quiser. A vida é sua. Todos nós somos. Não vou explicar o significado. Não tenho a menor paciência. Eu sei, não é um texto bonito. Não é para ser. Não espere encontrar nestas linhas uma mensagem para acalmar seu coração. Que ele pegue fogo!
A dor tem suas hipocrisias... Dizemos estar infelizes e o que fazemos? Nada! Falta-nos coragem? Não. Garanto que não. Hipócritas. Concordo com Mark Twain: “E assim é o mundo; às vezes, sinceramente, desejo que Noé e sua comitiva tivessem perdido o barco”. Às vezes; somente às vezes. Nas outras, sou um verdadeiro hipócrita.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aspas Reminiscentes...


"Daqui a alguns anos você estará
mais arrependido pelas coisas que não fez
do que pelas que fez. Então solte suas amarras.
Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento
em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra."
(Mark Twain)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ainda falando em estatísticas...


"Mesmo que você esteja no caminho certo,
você será atropelado se ficar simplesmente sentado."
( Will Rogers )



Ainda falando em estatísticas, estava navegando pela internet e deparei-me com a seguinte notícia: “OAB divulga lista de faculdades que tiveram aprovação zero em exame”. Fiquei curioso. Claro. O escritor russo Isaac Asimov escreveu sobre a ciência. Foi um mestre da ficção científica. Para escrever sobre ficção é preciso conhecer a realidade da vida. Asimov escreveu que "O aspecto mais triste da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria.”.
Acessei o link. Queria saber quais seriam as incompetentes faculdades. Descobri que 90 instituições estavam na lista. Destas, 51 registraram menos de 10 inscritos. Algumas apresentam apenas um inscrito. Imagine: a Faculdade ir parar em uma lista destas por culpa deste estudante (ou não estudante). A FAAHF (Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira), por exemplo, não conseguiu aprovar ninguém. Ninguém. Terá que conviver com esta pecha. O único inscrito reprovou. Está lá na lista. 100% de reprovação. Confesso: acho que hoje não conseguirei dormir. O que seria da humanidade sem as estatísticas?

domingo, 3 de julho de 2011

Passem o saleiro


O texto a seguir é de João Ubaldo Ribeiro, foi publicado no O Estado de S.Paulo em 15 DE MAIO DE 2011.

"Quase todo mundo é intimidado por números e "verdades científicas". O sujeito apoia uma asnice em estatísticas que não ocorre a ninguém questionar e aquilo é aceito sem maiores indagações. É o que sucede, por exemplo, com as afirmações taxativas, que ouvimos pela televisão, segundo as quais a lei seca no trânsito já salvou (meu número é chutado, não lembro agora os deles, mas não vêm ao caso) 4.228 vidas este ano, ou qualquer coisa assim. Eu pergunto como é que se sabe isso? Procuram-se no domingo os vivos que circularam de carro no sábado e pergunta-se se eles deixaram de beber na noite precedente por causa da lei seca? E, se tivessem bebido, inevitavelmente morreriam? Como é que se sabe, e com tanta precisão, quantas mortes haveria, sem a lei seca? Já tentei achar a fórmula que eles aplicam, mas é difícil. A mesma coisa acontece com as novidades publicadas nas páginas de ciência dos jornais. Todo dia alguém revela algo antes desconhecido e achamos mais um consolo, nesta vida sobre a qual sabemos tão pouco e na qual só temos certeza mesmo da morte. Uma verdade científica parece nos dar a sensação de que o mundo, afinal, pode ser parcialmente explicado - se não a Criação, pelo menos o seu funcionamento. E, se pode ser explicado, pode ser também parcialmente controlado, embora de vez em quando a natureza nos faça ver que não é bem assim.(...)
Não se fala muito mais nisto, mas o exame da dedada, para dar um exemplo em outra área, envolve duas "verdades científicas" diametralmente opostas. A Organização Mundial de Saúde desaconselha aos homens (ou seja, acha prejudicial que se faça) o exame da dedada e declara inútil a medição do PSA. Os urologistas dizem que a verdade científica é deles e a OMS está errada. Como leigo, não sei em quem botar fé, mas um diabinho mordaz me sopra cá um comentário sobre a opinião dos urologistas. A 500 contos a dedada, malda ele, qualquer um sustenta que ela é indispensável. (...)
" (LEIA TEXTO COMPLETO)