terça-feira, 18 de outubro de 2011

A queda - Albert Camus


A idéia veio de uma mania minha. Quem me conhece sabe que não apenas sou um leitor inveterado como também possuo muitos livros. Invariavelmente tenho como costume abrir um livro em uma página qualquer e ler o seu conteúdo. Não me pergunte a razão. Não existe nenhuma. Por motivos óbvios, adotarei sempre a página 72 de qualquer livro para transcrever seu conteúdo aqui no blog.. Talvez a idéia não seja das melhores, mas vamos ver para onde ela nos levará. Não escolherei o conteúdo. Pegarei um livro e abrirei na página 72. Simples assim. Vejamos o que acontece.

Do livro: A queda de Albert Camus

“Ao renovar estes rompantes amáveis, consegui somente desnortear um pouco a plateia. Não meus ouvintes, o seu embaraço um pouco reticente, bastante parecido com o que o senhor mostra – não, não proteste – não me trouxeram paz alguma. Como vê, não basta acusarmo-nos para sermos declarados inocentes, nesse caso eu seria um cordeiro imaculado. É preciso nos acusarmos de uma certa maneira, que me levou muito tempo para aperfeiçoar e que não descobri antes de me achar no mais completo abandono. Até então, o riso continuo a flutuar à minha volta, sem que meus esforços desordenados conseguissem tirar-lhe o que ele tinha de benevolente, de quase terno, e que me fazia mal...”

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