quarta-feira, 28 de março de 2012

De volta para casa...



Algumas coisas não possuem explicação. Ou talvez tenham. Não importa. Talvez, sejam importantes apenas para nós. Então, não devemos tentar explicar. Não seria possível. Algumas coisas nos fazem bem. Muito bem. Pode ser qualquer coisa. Uma música, um filme, uma pessoa ou mesmo um chocolate. Simplesmente por que me faz bem. Sem muita explicação.
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"Cansei deste Planeta,
quero voltar pra casa". 
(Anita)


Recebi este vídeo do amigo Marcel. Não associar foi inevitável. Achei que poderia ser muito útil para um certo projeto. Não sei. Reminiscências. Lembrei e publiquei...

segunda-feira, 26 de março de 2012

(...)


Entrelinha poderia ser definida como o espaço entre duas linhas. Simples. Mas nada é simples. O sentido implícito. O que não foi escrito ou falado. Então, interpretamos. E, tratando-se de interpretação, cada um tem a sua. Assim, encontre-se na entrelinhas...
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Sem muitas explicações...


terça-feira, 20 de março de 2012

Paris é uma festa



A idéia veio de uma mania minha. Quem me conhece sabe que não apenas sou um leitor inveterado como também possuo muitos livros. Invariavelmente tenho como costume abrir um livro em uma página qualquer e ler o seu conteúdo. Não me pergunte a razão. Não existe nenhuma. Por motivos óbvios, adotarei sempre a página 72 de qualquer livro para transcrever seu conteúdo aqui no blog.. Talvez a idéia não seja das melhores, mas vamos ver para onde ela nos levará. Não escolherei o conteúdo. Pegarei um livro e abrirei na página 72. Simples assim. Vejamos o que acontece.

Do livro: Paris é uma festa de Ernest Hemingway 

"Quando conseguimos entrar no Michaud, fizemos uma refeição maravilhosa. Mas quando terminamos e já não sentíamos fome, a sensação que nos parecera fome, quando estávamos na ponte, ainda continuava dentro de nós, ao tomarmos o ônibus para casa. Continuava quando chegamos ao quarto e, depois de termos ido para cama e feito amor no escuro, ainda estava lá. Quando acordei com as janelas abertas e o luar nos telhados das casas altas, ainda estava lá. Afastei o rosto para a sombra, mas não podia dormir e fiquei acordado, pensando nisso. Tínhamos ambos acordado duas vezes, nessa noite, e agora minha mulher dormia docemente com o luar no rosto. Tinha de me esforçar para compreender o  que se passava conosco, mas sentia-me demasiadamente estúpido. E a vida me tinha parecido tão simples naquela manhã, quando despertei, e encontrei a falsa primavera, ouvi a gaita de foles do homem das cabras e saí para comprar o jornal de corridas.
Mas Paris era uma cidade muito antiga, nós éramos jovens e nada ali era simples, nem mesmo a pobreza, nem o dinheiro súbito, nem o luar, nem o bem e o mal, nem a respiração de alguém que deitada ao nosso lado dormisse ao luar.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Final...





Neste mundo de disfarces e máscaras, o mais puro torna-se confuso e fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Às vezes uma zanga é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra dura é mais sincera que um carinho fictício que se dissolve na rotina da vida. Às vezes não damos valor a honestidade das pessoas que ainda mantêm a verdade. Nos deixamos levar pelos que dizem os outros. Fica mais fácil de acreditar nas pessoas com disfarces. E no fim, quando já ninguém tiver um disfarce, quando apenas ficar sua vontade de amar, talvez você se veja sozinho, repousando os dias de sua vida em que encontrou o amor e o deixou passar, em que encontrou a lealdade e não soube valorizar, porque era mas simples flutuar que arriscar de verdade, que se entregar até o final. Não deixe que enganem você, observe com muita atenção depois de simplesmente olhar. (Livro da Dulce Maria)

sábado, 10 de março de 2012

Dia 10 de março...



Meu pai escreveu-me certa vez: “(...) Aproveito para mostrar-lhe um poema que li quando ainda era adolescente e que jamais esqueci. É uma eterna declaração de amor. O poema é da inglesa Elizabeth Barret Browning. São pedaços de minha vida, não vou esquecer. Papai”.

AMO-TE

Amo-te quanto em largo, alto e profundo. Minh'alma alcança quando, transportada, sente, alongando os olhos deste mundo, os fins do ser, a graça entressonhada.

Amo-te a cada dia, hora e segundo. A luz do sol, na noite sossegada e é tão pura a paixão de que me inundo. Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com a dor, das velhas penas com sorrisos, com lágrimas de prece e a fé de minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas, por toda vida, e assim Deus o quiser. Ainda mais te amarei depois da morte.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Máscara...



Cada vez que ponho uma máscara para esconder minha realidade, fingindo ser o que não sou, fingindo não ser o que sou, faço-o para atrair o outro e logo decubro que só atraio a outros mascarados distanciando-se dos outros devido a um estorvo: a máscara.
Faço-o para evitar que os outros vejam minhas debilidades e logo descubro que, ao não verem minha humanidade, os outros não podem me querer pelo que sou, senão pela máscara.
Faço-o para preservar minhas amizades e logo descubro que, quando perco um amigo, por ter sido autêntico, realmente não era meu amigo, e, sim, da máscara.
Faço-o para evitar ofender alguém e ser diplomático e logo descubro que aquilo que mais ofende às pessoas, das quais quero ser mais íntimo, é a máscara.
Faço-o convencido de que é o melhor que posso fazer para ser amado e logo descubro o triste paradoxo: o que mais desejo obter com minhas máscaras é, precisamente, o que não consigo com elas. (Gilbert Brenson Lazan)

terça-feira, 6 de março de 2012

Aspas reminiscentes...


"Sede como os pássaros que, 
ao pousarem um instante sobre ramos
 muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! 
Eles sabem que possuem asas". 
(Victor Hugo)

sábado, 3 de março de 2012

Parte 29 – Vigésimo nono contato



Quando estiver vestindo um macacão jeans para ir a um show e acredite: você estará. Não se esqueça de levar uma blusa. Sabe como é o tempo em São Paulo. Pode esfriar de uma hora para outra e o frio... Bem, apenas leve uma blusa. Confie em mim.
Melhor mudar de assunto. Ou, voltar a ele. Tenho uma pergunta. O que você faria se fosse possível mudar alguma coisa do passado? Reflexão. Agora pensará no seu passado. Assim como eu, agora, penso no meu. Não faça isso. Não podemos mudá-lo. Viva o presente de maneira a não precisar, um dia, mudar absolutamente nada. Talvez, seja exatamente este o segredo. Não. Na verdade, não é nenhum segredo. Todos sabem. É um conhecimento universal. Dizem que não há presente melhor que um bom conselho. Não sei. Também ouvi dizer para nunca dar conselhos. Os ignorantes não darão atenção a eles e os mais sábios não necessitam deles. Paradigma. No seu caso, não é exatamente um conselho. É um aviso. Acredite nele.
Por falar em reflexão, lembrei-me de uma fábula de Esopo, um fabulista grego. Dizem que as fábulas de Esopo encantaram tanto o seu dono que este o libertou. 
Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano. Afinal, um ratinho pediu a palavra: “Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. Graças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir”.
Todos aplaudiram a ideia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse: “A ideia é muito boa. Mas quem vai pendurar o guizo no pescoço do gato?”. Reflexão.