terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Sermão da montanha (Versão para educadores)


“A tarefa do educador moderno 
não é derrubar florestas, mas irrigar desertos”. 
(C. S. Lewis)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens. Tomando a palavra, disse-lhes:

- Em verdade, em verdade vos digo: “Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles...”.

Pedro o interrompeu: “Mestre, vamos ter que saber isso de cor?”.
André perguntou: “É pra copiar?”.
Filipe lamentou-se: “Esqueci meu papiro!”.
Bartolomeu quis saber: “Vai cair na prova?”.
João levantou a mão: “Posso ir ao banheiro?”.
Judas Iscariotes resmungou: “O que é que a gente vai ganhar com isso?”.
Judas Tadeu defendeu-se: “Foi o outro Judas que perguntou!”.
Tomé questionou: “Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?”.
Tiago Maior indagou: “Vai valer nota?”.
Tiago Menor reclamou: “Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.”.
Simão Zelote gritou nervoso: “Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?”.
Mateus queixou-se: “Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!”
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo: “Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de ensino? e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?”.
Caifás emendou: “Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?”.
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus: “Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém!”.

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes...".

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Parte 32 – Trigésimo segundo contato



COMO VAI AMIGO? ACABEI DE RECEBER ESTA CARTA E REPASSO A VOCÊ IMEDIATAMENTE. UM GRANDE ABRAÇO.

Não é necessário refletir muito para chegar à conclusão que você ainda existe. Não há como afirmar o contrário. Em nenhum momento deixou de existir. O entendimento é simples: sou o resultado de toda a sua vivência; das suas escolhas e do conhecimento adquirido ao longo dos anos. E agora, como consequência destas cartas, eu também vivo em você. O que isso significa? Não sei. Ainda não. Como escrevi anteriormente, precisamos manter a lucidez e ter uma visão clara da realidade. Realidade... Enfim! A grande questão é: O que é realidade? Para o senso comum, é entendida como o oposto do sonho, da ilusão. O real está alicerceado em fatos. No concreto.  Está certo, virou conversa filosófica. Desculpe. São mais besteiras. Meu mundo, ultimamente, está fora da realidade. Ando vivendo de sonhos...
Mais uma vez, citando o autor do atual livro, “Os senhores já se perguntaram o que torna os homens responsáveis? Eu lhes direi: o fato de terem uma única oportunidade de fazer cada coisa. Se existissem máquinas que nos permitissem corrigir até nossos erros mais estúpidos, viveríamos em um mundo cheio de irresponsáveis...”. Veja então o dilema ao qual me encontro. Pense bem. Nosso contato torna-me irresponsável? Não. Pode tornar você. Precisa ter cuidado. Não deve esquecer: temos apenas uma chance. Devemos aproveitá-la. Já deve ter compreendido; nada farei para consertar seus erros. Viverá com eles. Assim como eu. Sei que sua vida anda agitada suficientemente. A vida muda rapidamente. Agora entende.
Vamos mudar de assunto. Tenho abordado temas pesados e enfadonhos. No momento, está aproveitando esta fase de jogador de voleibol. Esta é a ideia. Você podia aprender também a lavar sozinho sua camisa de treinamento. Pense no trabalho que está dando aos outros. Sei que não pensou nisso. 
Vou revelar-lhe algo sobre o futuro...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

No pódio do amadorismo - por José Cruz




"Fora do campo das competições há outro universo de emoções no esporte: as milionárias fontes de financiamento, a maioria de origem governamental, mas com aplicações nem sempre transparentes e, por isso, motivos de frequentes investigações". (José Cruz)

Ainda falando de Olimpíada; escrevi na postagem anterior que era necessário enumerar todos os problemas e dificuldades encontrados no caminho que leva ao pódio olímpico. O Jornalista José Cruz o fez com muita propriedade. José Cruz cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte.


O Brasil esportivo, mesmo com recordes de medalhas, deixa os Jogos de Londres reprovado no vestibular do pódio olímpico. E a principal derrota não é dos atletas, mas do governo federal, que fracassou na política de financiar o alto rendimento a partir de 2003, ignorando os elementares investimentos na iniciação e no desporto escolar.
Temos espetaculares 33 milhões de estudantes, mas é potencial ainda desprezado devido à falta de projetos a partir da prática de educação física, ponto de partida para criar nos jovens a cultura do esporte. Mesmo assim, houve investimentos: R$ 2 bilhões no último ciclo olímpico, mas no alto rendimento. Foi o dobro do aplicado na delegação enviada aos Jogos de Pequim, em 2008.
Em 2016, o Rio de Janeiro receberá a histórica Olimpíada. Mas, amadoristicamente, a sexta economia mundial ainda convive com a incerteza sobre os rumos para tornar o Brasil país olímpico. E isso é grave, não só sob a perspectiva de conquistas de pódios como de desperdícios públicos. Porque uma coisa são os jogos, as disputas; outra são os negócios do esporte. Nesse binômio também patinamos. Pelo sistema adotado, o Estado financia os custos da festa, e a iniciativa privada contabiliza o lucro. Assim como no Pan-Americano de 2007, a disputa político-institucional é desequilibrada e onera o cofre público.
A partir de 2003, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez a opção por investir no esporte. Criou um ministério específico e turbinou orçamentos. Sancionou a Lei de Incentivo ao Esporte, a Bolsa Atleta, determinou que as oito estatais — Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Infraero, Casa da Moeda, Correios, Eletrobras e BNDES — aumentassem o patrocínio para 22 modalidades. Além disso, pagou a conta maior dos Jogos Pan-Americanos, com custo total de R$ 3,4 bilhões, cujo legado ficou no projeto.
Mesmo com investimentos bilionários, o governo não fez o elementar entrosamento entre as pastas da Educação, Esporte e Saúde; não dotou as escolas de quadras esportivas nem aparelhou as instalações existentes; ignorou a valorização dos professores, ponto de partida para a elementar prática da educação física escolar.
Os tradicionais Jogos Escolares e Universitários, que em outros tempos eram fonte de identificação de talentos, saíram da área federal e passaram à competência do Comitê Olímpico. Sem vínculo pedagógico ou compromisso de governo, tornaram-se eventos de calendário, apenas.
É nesse contexto de fartura financeira e escassez de programas que repercute o desempenho brasileiro nos Jogos de Londres. Sem exageros, a  colocação do país no quadro de medalhas não surpreende. O próprio presidente do Comitê Olímpico, Carlos Nuzman, fez previsão ao afirmar que nos igualaríamos à Olimpíada de Pequim, quando ganhamos 15 medalhas.
Como em Jogos anteriores, as apostas de pódios ficaram concentradas em nomes ou equipes tradicionais. E, se esses falhassem, crescia a pressão sobre os demais atletas. E tais apostas não levavam em consideração que outros países também se desenvolveram e preparam as delegações. A Coreia do Sul é o principal exemplo.
Houve novidades, como a evolução feminina no judô, pódio no boxe e, principalmente, o ouro de Arthur Zanetti, nas argolas. Mas nenhum desses resultados está vinculado a uma política de governo, o que agrava o quadro para 2016. Afinal, o que significa o futebol no contexto olímpico brasileiro? Para o evento no Rio de Janeiro, a difícil meta é colocar o Brasil entre os 10 primeiros do ranking mundial.
As medidas para chegar a essa difícil meta estão atrasadas. Porém o governo precisa fixar, antes, um perfil hierárquico na desordem institucional em que se confundem as competências do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico.
Afinal, o Estado deve se envolver com o esporte de rendimento ou isso é competência da iniciativa privada? Dinheiro público deve contemplar atletas ou ser destinado ao desporto escolar, prioritariamente, como determina a Constituição Federal?
Os Jogos, enfim, provocam emoções, incentivam o patriotismo e movimentam a economia. Mas o Brasil olímpico ainda está no pódio do amadorismo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

País do Voleibol





Não à toa, diz o hino: “(...) De um povo heroico...” No Brasil, um medalhista olímpico é um herói. Herói de verdade mesmo. De carne e osso. No caso, de músculos, suor e coragem. Ou melhor, um super-herói. Atleta no Brasil precisa de superpoderes. Não preciso enumerar todos os problemas e dificuldades encontrados no caminho que leva ao pódio olímpico. Ou talvez fosse realmente necessário fazê-lo. Mas não; quero apenas falar sobre o vôlei.
    Não há mais nenhuma dúvida. O Brasil é o país do voleibol. A equipe feminina de quadra consagrou-se bicampeã olímpica. A masculina disputou a sua terceira final seguida. E há ainda o vôlei de praia. Ganhar ou perder faz parte do esporte.  Sempre tive como regra uma frase de Ayrton Senna. Um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. "No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz."

quinta-feira, 2 de agosto de 2012







“Ver Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge vai trazer aos rostos dos fãs mais sorrisos do que o gás do Coringa... e a gatuna Selina Kyle (Anne Hathaway), sexy, ágil e dissimulada como a ladra de joias se mostra capaz de fazer muito marmanjo esquecer a lambida que Michelle Pfeiffer deu em Michael Keaton no segundo batfilme dirigido por Tim Burton. (Marcelo Forlani no site Omelete).” Não esqueci aquela lambida. Mas ver a mulher gato passeando pelas ruas de Gotham na batpod...
Como escreveu Claudio Yuge (IdeaFix), “Assim como no longa anterior, tudo começa com uma ação vertiginosa e de impacto, para apresentar o vilão da vez e mostrar que Bane não está ali pra brincadeira. Uma sequência aérea daquelas de deixar boquiaberto. Em seguida somos apresentados ao cenário em que o filme é montado... Uma das coisas que mais gosto neste filme é ver Nolan enriquecendo esse universo, construindo personagens, ampliando sua história mesmo diante do fim. É quase paradoxal vê-lo fazendo isso para encerrar sua trilogia. E é o que a faz desse Batman diferente de todos os outros do cinema. E, ao final da projeção a sensação é de dever cumprido e até de vontade de ver um filme a mais nessa história. Nolan fez o que não esperavam e transformou assim a trilogia do Homem Morcego uma das maiores e melhores adaptações de quadrinhos para o cinema.”
            Para os fãs de cinema e principalmente de Batman, recomendo correr ao cinema...