quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Para o Emerson - Raul Claudio Batista




Encontrei este texto esquecido no blog “O contador de histórias”. O blog era do meu pai. Será sempre. O título do texto: Para o Emerson. Não preciso fazer comentários. Vou fazer correndo o que ele pediu...
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 Quando você me olhava com aqueles olhinhos verdes, não me largava de jeito nenhum, pude pela primeira vez descobrir o sentimento desconhecido de uma criança. Amar sem saber o que era aquilo. O teu sentimento foi sempre sincero, sem haver fragmentos, por muitos anos até sentir o que eu sentia naquele tempo. Hoje você é pai e entende o que estou dizendo. Olhe bem nos olhos de seu filho para lembrar o amor mais puro do mundo: O amor puro e incorruptível de uma criança. Aproveite o tempo presente porque o amor de seu filho em um futuro bem próximo vai ser dividido em muitas partes. O nosso, de pai, será sempre o mesmo, honesto e intenso, mas as vicissitudes da vida atrapalharão muito nosso relacionamento e jamais você receberá novamente o amor puro de seu filho. Você sempre me deu felicidade, jamais me abandonou e me ama acanhadamente bem do seu jeitão que eu adoro. Te amo.

Raul Claudio Baptista

2 comentários:

Henri Coelho disse...

Emerson, que texto. É muito difícil traduzir o amor que se tem pelos filhos, e o que eles sentem pelos pais, mas o Claudio, com sua maestria, conseguiu isto. Belo achado.
Abraços,
Henri

Kelly Batista disse...

Sábias palavras....

Filho, é a tradução do amor...

Só tendo pra entender...