sexta-feira, 28 de março de 2008

Falando Difícil

"O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames ao direito individual de propriedade."
TRADUÇÃO
___ de bêbado não tem dono

segunda-feira, 17 de março de 2008

Alento

Quando nada parece ajudar vou ver o cortador de pedra martelando sua rocha cem vezes, sem que nada aconteça...
Aí, na centésima primeira martelada a rocha se parte em duas...
Então eu sei que não foi aquela quem conseguiu...
Mas todas as que vieram antes...
(Jacob R.)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Eu e a Sétima Arte

Falar sobre o cinema é fácil, mas não é simples. Podemos utilizar diversas abordagens e aí se encontra o perigo. Como este espaço destina-se à minhas reminiscências escreverei a respeito dos dez filmes que mais gosto e desta maneira tentarei abordar o que mais me fascina no cinema.
Não pretendo escrever uma sinopse sobre cada filme. Não é isto que nos interessa. Escreverei os motivos de eles estarem em tal lista.
Lawrence da Arábia. Aqui talvez me alongue um pouco. Não sem motivo. Para falar de Lawrence tenho que falar de David Lean. Lean é um diretor como poucos. Seus filmes são capazes de nos fazer sentir na pele os sentimentos vivenciados pelas personagens. Lawrence da Arábia é uma obra prima irretocável. Lawrence, estrelado pelo irlandês Peter O´Tolle, era antes de tudo um obstinado. Qualidade que já me atraí em qualquer personagem. A música de Maurice Jarré dispensa qualquer comentário. Mas aviso: o filme não é para qualquer um. São três horas e meia de filme que muitos acharão monótonos. Outros, como eu, ficarão fascinados.
Cinema Paradiso. O filme de Giuseppe Tornatore é pura poesia. E ainda embalada pela música de Ennio Morricone. Diga-se de passagem, belíssima. O filme nos toca de uma maneira singular. É preciso assisti-lo. E se irão ou não gostar, não terá a menor importância, pois Cinema Paradiso dará o seu recado.
Era uma vez na América. Um filme de gangster, contado de maneira poética. É possível? Não sei. Mas uma das cenas do filme é imortal no cinema (A cena pose ser vista aqui neste blog através do site You Tube). No filme, entre outras coisas, o que me atraí é a amizade. A amizade é uma coisa muito rara nos dias de hoje. Talvez, seja rara em qualquer tempo...
O Poderoso Chefão. Goste ou não o filme é considerado pela crítica como um dos melhores de todos os tempos. E não é para menos. Interessante observar as personalidades de cada personagem. Tirando a violência explícita, nada é muito diferente do que encontramos no dia-a-dia.
Um Sonho de Liberdade. Pouca gente sabe, mas o filme é baseado em um conto de Stephen King. Mas não se deixe enganar. O filme não é mais um clássico do suspense. O filme trás momentos belíssimos, diálogos primorosos. Nos ensina o real significado da palavra esperança.
O Resgate do Soldado Ryan. Steven Spielberg poderia ser suficiente para indicar o filme. Mas tem muito mais. A cena da invasão da Normandia ficará para sempre na história do cinema. Para os menos avisados, mostra de maneira escancarada os horrores da guerra. Mas o filme não é simplesmente sobre a guerra. Para mim, é de longe o melhor trabalho de Spielberg. E olha que não é fácil dizer isso.
Blade Runner. O filme virou um cult movie. Não é fácil escrever sobre este filme. Gosto muito dele e por razões difíceis de explicar. Gosto da maneira como ele é dirigido, das atuações,da música (Vangelis), da chuva, do ritmo, do humanismo e da falta dele. Adoro Ridley Scott. Adoro Blade Runner.
Vestígio do dia. Ao longo dos anos descobri que sou o único que gostou deste filme. Portanto proponha que se ainda não viu, veja e tire sua conclusão. Mas lembre, foi avisado, não pode reclamar. Se também gostar, vai entender meus motivos. Se não, não adianta explicaá-los.
Os Intocáveis. Mais um filme de gangster. Mais um filme sobre pessoas obstinadas. Talvez este seja o motivo dele estar nesta lista. Os outros, é só cinema.
Dersu Usala. Do Gênio Akira Kurosawa. Mais um filme que acho que fui o único que gostou. Ou pior, o único que assistiu. A menos claro que você seja um cinéfilo inveterado. A natureza humana é o elo principal do filme. E tudo que refere-se à natureza humana me atraí de maneira especial. Se encontrá-lo veja e me mande uma cópia.

terça-feira, 4 de março de 2008

Uma luz no fim do túnel...

Escrevo em especial para meu amigo José Ayrton de Souza. O amigão (http://turmadoamigao.blogspot.com). Em resposta ao meu texto "A chatice Nacional", ele escreveu que no meio de toda esta chatice que anda o futebol, o Flamengo ainda se salva. Diz ainda que serão campeões da Libertadores.
Concordo em parte com ele. Em parte! Realmente a torcida do mengo tem se diferenciado. Mas não posso dizer o mesmo da equipe do Flamengo. Com ou sem título da Libertadores, continuarei achando uma chatice ver o Flamengo (e todas as equipes do futebol brasileiro), jogando. Vamos dizer que uma das cinco equipes que disputam a Libertadores torne-se campeã. Quem será o craque que será imortalizado na memória do Torcedor? Outro dia um torcedor mandou um e-mail para um programa esportivo fazendo a seguinte indagação: Alguém consegue imaginar Zico, Sócrates, Falcão, Pelé, Didi, Nilton Santos, Ademir da Guia, Roberto Dinamite, Rivelino, etc... Fazendo um gol e comemorando com a dança do créu?? Eu não consegui imaginar!
Mas a fim de justificar o título desta postagem vou contar o que me aconteceu esta semana e concordando com o Amigão acho que a luz no fim do túnel pode mesmo estar nas torcidas. Se bem que, lembro sempre: uma luz no fim do túnel pode ser um trem vindo ao contrário!
Acabei a minha aula de Educação Física para uma turma de aproximadamente nove anos de idade. Como era a última aula do período, eles estavam prontos para ir embora e pedi que aguardassem na fila até a abertura do portão. Quando olhei na fila só estavam as meninas. Saí atrás dos garotos e escutei uma gritaria vindo do banheiro. Não tive dúvidas! Entrei dando bronca em todos eles. Entre uma bronca e outra, um deles resolveu se explicar:
- Professor! Eu explico! O Corinthians perdeu para o Palmeiras. Eu e ele somos Corinthianos e apostamos que vestiríamos a camisa do Palmeiras caso perdessemos. Pois é, viemos pagar a aposta...
Em primeiro lugar achei sensacional a maneira como eles, de muito bom humor, resolveram saldar a dívida. Depois, escolheram a hora certa para fazê-lo. Esperaram até que a aula tivesse terminado. Não houve confusão, nem bagunça e muito menos falta de respeito.
Para estes garotos, se o Valdivia comemorou ou não com “chororo”, se foi ou não penalti, se jogaram com três ou dois zagueiros não teve a menor importância. Que cresçam assim!