quarta-feira, 1 de julho de 2020

Parte 46 – Quadragésimo sexto contato

       

    ...é preciso vivenciar e aproveitar cada oportunidade. Sei que você está passando um período complicado. Perco um pouco a noção do tempo. Você tinha catorze anos no meu primeiro contato. Onze anos se passaram. É sempre difícil quando temos dúvidas. Queremos respostas prontas. Espero que entenda minha ausência. Era muito importante que suas decisões fossem apenas suas. Você já entendeu. Se suas escolhas foram certas? Você escolheu. E isso basta. Escolher é poder, de certa maneira, ter algum controle sobre nossa vida. Mesmo que pequeno. É preciso que aprenda, de uma vez por todas que não poderá controlar tudo.
    Mas aqui no meu tempo, começo a acreditar que de alguma maneira essas cartas chegaram até você. Não sei como. Mas começo a ver algumas transformações. Não é incrível? Não se anime. Não vou falar sobre elas. Vou falar do seu momento. Estou fazendo umas contas. Acho que cheguei bem no meio né? Não ajudarei você com respostas. Mas já que estou aqui, posso dar um incentivo.
    Somos determinados por nossas escolhas. E elas, determinadas por quem somos. Em algum momento da vida todos nós temos nossas encruzilhadas. Invariavelmente mais de uma. O problema é saber se ao final do caminho escolhido teremos uma tempestade ou um sol brilhando. Obviamente a dificuldade não se encontra no caminho a ser seguido, mas na escolha a ser tomada.
    Não vou falar de sol brilhando. A questão é a tempestade. Dizem que “Algumas tempestades chegam apenas para testar a força de nossas raízes”. Não encontrei o autor da frase, mas nada parece ser tão verdadeiro quanto a importância de nossas raízes. Elas estão aí. Influenciando em cada decisão tomada. Trata-se de quem você é e não de quem gostaria de ser. Pode fingir. Apenas por um tempo. No final a verdadeira essência prevalecerá. Sempre.

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