sexta-feira, 31 de julho de 2009

Atravessei o deserto do Saara...

Escrevi sobre a nova gripe e a precariedade do sistema de saúde brasileiro. Não queria perder mais tempo com este assunto, apesar de sua importância, mas... Ontem meu filho não estava muito bem e resolvemos levá-lo ao hospital. Já era meia noite e como, graças a Deus, temos convênio médico (ruim com ele pior sem, acreditem) o levamos a um hospital que consideramos ser acima da média. Chegamos e vimos muitas pessoas com máscaras. Apesar dos acontecimentos, não estamos acostumados. Ainda no balcão descobrimos que a fila de espera era de cerca de duas horas. Pois é! Duas horas... Meia noite! Fazer o que? Esperamos...
Sentado esperando, contei (de verdade) nove pessoas com máscara. Até aí nada de estranho, se não fosse pelo fato de as máscaras estarem sendo usadas no queixo. Três delas eram funcionários do próprio hospital. Para que serve uma máscara no queixo?
Aí me ocorreu... Brasil... País do carnaval... Máscara... Tudo a ver! Logo estarão sendo produzidas em diferentes cores e modelos. Para combinar com a bolsa, com a gravata... Um amigo falou outro dia: Vi um rapaz de máscara, devia estar gripado! Pois é... Não entendo mais nada... Achava que a idéia era exatamente o contrário... Sei lá
No final, enquanto esperávamos, meu filho que estava sentindo um pouco de dor de cabeça foi melhorando e resolvemos ir embora antes de sermos atendidos. Até porque, esquecemos nossas máscaras...
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Em tempo: Depois do ouro Olímpico César Cielo arrebatou o ouro no mundial com direito a quebra de recorde. Não irei me alongar. Já escrevi demais sobre as dificuldades de praticar esporte no Brasil. Mas que fique registrado: O ouro de Cielo na Olimpíada não foi por acaso e, muito menos um fato isolado. Cielo é definitivamente um fora de série. Mais uma vez... Ave César!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ah se eu pudesse!


Estava chovendo. Pela janela via a rua deserta. A noite escura parecia engolir a cidade. Não conseguia dormir. Estava ali parado em frente da janela perdido em pensamentos que não faziam o menor sentido. Aliás, nada fazia sentido. Estava amargurado. Sentia-me amargurado. Não sei explicar o motivo. Não preciso explicar. Lembrei da minha infância. Não me sentia assim na infância. Amargura é um sentimento que vem com a maturidade. Com experiências adquiridas. Quando somos jovens temos aflições, podemos ficar tristes, com raiva. Mas não ficamos amargurados. Quando somos jovens o mundo está à nossa frente. Com o tempo ele também vai ficando para trás. O passado começa a ser mais relevante que o futuro. Lembramos de tempos remotos e de pessoas que já se foram; por um motivo ou por outro. Não gostaria de mudar o passado, apenas revivê-lo. Desta vez bem devagar. Sem pressa.
Ficaria ali parado vendo minha mãe preparar o jantar. Não sentiria fome. Não desejaria que a comida ficasse pronta. Gostaria de sentir seu aroma também. Quero esperar meu pai e vê-lo novamente entrar pela porta. Quero que leve uma eternidade para que a porta feche atrás dele. Não mudaria nada. Tenho saudades do cheiro da terra molhada da minha rua. Quando não tinha asfalto. Brincaria na rua novamente. Desta vez teria meus irmãos mais perto. Escutaria novamente todas as besteiras que são ditas numa rodinha de garotos. Daria risada. Escutaria minha mãe gritando meu nome. Prestaria atenção nos vizinhos. Adultos que não foram notados quando estávamos brincando. Talvez angustiados, procurassem em nós garotos uma maneira de voltar a serem crianças. Uma maneira de fazer o tempo passar mais lentamente. Gostaria de sentar novamente na carteira de uma sala de aula. Olhar para o lado e ver o rosto de meus colegas. Rostos que já não lembro mais. Rostos que ainda lembro. E, claro, rostos que jamais esquecerei. Hoje sei que aprenderia com o professor muito mais do que conceitos sobre determinado assunto. O que ele tinha para ensinar eu nunca quis aprender. Que pena. Ah se eu pudesse!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Atchimmm


A preocupação com a nova gripe é o assunto do momento. Não podia ser diferente. Já li e ouvi de tudo. As medidas adotadas para evitar a proliferação do vírus, medidas de higiene são explicadas a todo o momento. Ótimo! Tudo certo.
Mas realmente fico preocupado quando penso na atual situação do sistema de saúde brasileiro. Se países com uma infra-estrutura muito superior à nossa, a gripe tomou proporções alarmantes imagino o que está por vir por aqui.
A saúde pública, no Brasil, não consegue atender nem mesmo a demanda diária normal. Será que os doentes infectados com o vírus H1N1 estão realmente tendo o atendimento necessário para combater o vírus e evitar novas contaminações? Duvido. Fico imaginando o metrô, em horário de pico, não pediram para evitar grandes aglomerações? Aqui em São Paulo o prefeito aboliu os ônibus fretados. Quem não tiver carro, vá de metrô...

Cenas Reminiscentes

Não é uma promessa. Mas tentarei colocar aqui, uma vez por semana, uma cena de um filme que eu, por uma razão ou outra, goste muito. É claro que, muitas vezes as cenas escolhidas poderão não ter significado nenhum para quem assisti-la de maneira isolada, mas de qualquer maneira vamos ver qual será o resultado. Na falta de um nome melhor, chamarei sempre estas postagens de “Cenas Reminiscentes...”
A cena escolhida para inaugurar, já virou um clássico entre as pessoas de meu convívio. Não explicarei nada sobre o filme. A cena em questão deverá falar por si. Mas, para quem não conhece o filme e se interessar, deixarei a ficha técnica sempre na semana seguinte. Se conhecer o filme pode deixar uma mensagem tentando adivinhar. Bom, chega de papo furado...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Bla bla bla...


Caráter não é algo que encontramos facilmente nas pessoas. Ultimamente está cada vez mais difícil. O pior é que as pessoas nem ao menos se dão conta disso. A falta de ética assola nossa sociedade. Para conseguir alguma coisa vale tudo. Pior ainda, tudo se justifica.
Já perceberam como cada vez é mais difícil encontrarmos pessoas capazes de assumir seus erros? Como é difícil quem abra mão de alguma coisa em favor de outro? Quando falamos então no âmbito profissional é mais complicado ainda. O “amigos, amigos e negócios à parte” é cada vez mais levado a sério. Hoje em dia, para ser profissional temos que deixar as relações humanas de lado.
É, infelizmente, parece que tudo se justifica em nome do tal profissionalismo. Quem não concorda é ingênuo. Ou não. Apenas diferente. Por outro lado, ainda existem pessoas lutando contra essa atual sociedade. Ao encontrá-las precisamos mantê-las ao nosso lado, o que não é tão fácil como possa parecer...

sábado, 18 de julho de 2009

Se conselho fosse bom...

Falando (também) do Twitter, acho interessante que os repórteres estão perdendo espaço... Muitas notícias estão sendo veiculadas através desta ferramenta. Será o fim do furo jornalístico?
Bom... estou muito preocupado com as equipes rivais do Corínthians. O Palmeiras não sabe se efetiva o Jorginho, o Santos vai gastar milhões com o Luxemburgo e lá no São Paulo o Ricardo Gomes parece que não vai emplacar.
Como disse, preocupado com esta situação deixo algumas sugestões para futuros técnicos destas equipes. Torcerei para que a contratação de um deles possa se concretizar. Vamos aos nomes:
1) JAIR PICERNI
2) SEBASTIÃO LAZARONE
3) ANTONIO LOPES
4) VALDIR ESPINOSA
5) EVARISTO DE MACEDO
6) PÉRICLES CHAMUSCA
Bom, não será por falta de opção...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ainda dando o que falar...

O amigão (José Ayrton), acredito que seja o único amigo fiel leitor destas reminiscências, escreveu comentando minha postagem anterior: "Coisa de louco né? Não, não estou me referindo aos dois gols de cabeça do fenomeno, nem ao preparo fisico do Kaká.Aliás fiquei impressionado com ele na Copa das Confedereações, como ele corre né?
Mas, coisa de louco é pai e filho se reunirem pra assistir jogo do corinthians...mas isto acontece nas melhores familia."
Então escrevo agora apenas para completar informações que ficaram faltando. Zé...na verdade não era apenas pai e filho que se reuniram, o netinho também estava junto. Três gerações vibrando com os gols do fenômeno (Para visualizar melhor a cena, o netinho que também se chama Emerson vestia a camisa do fenômeno para satisfação das gerações anteriores presentes na sala.
O amigão também reclama que tenho escrito muito pouco por aqui. Ele tem razão. Tentarei resolver isso futuramente.
Para quem ainda não conhece e gosta de uma boa leitura sempre com uma ótima dose de humor recomendo o blog do amigão: www.turmadoamigao.blogspot.com

Sobre futebol... mais uma ves


Estou visitando meu pai. Assistimos o jogo do Corínthians juntos. Não lembro quando foi a última vez. Ronaldo marcou dois. Fico imaginando se tivessemos a oportunidade de ver jogando nas equipes do Brasileirão todos os jogadores que estão no exterior. Sabemos que não são poucos. Por mais que o Brasil possua a capacidade de revelar jogadores a cada ano, é inegável a constatação que a qualidade dos jogadores deixa a desejar. Sempre falou-se que a cabeçada era seu ponto fraco, estou descobrindo a razão. Jogando a vida inteira na Europa contra zagueiros acostumados com este tipo de lance, Ronaldo devia implorar para receber a bola sempre pelo chão. Mas, aqui no Brasil, pode vir de qualquer jeito...
Claro que Ronaldo é um fenômeno. Mesmo no atual estágio de preparação física consegue fazer a diferença. Também seria assim, e ainda mais, com jogadores no auge na forma como Kaka, Robinho e tantos outros. Muitos estão esquecidos. Outros nem mesmo chegaram a tornar-se realidade.
Bom, não há o que fazer! Então... viva Ronaldo!

Desculpem: Relato de um Corínthiano pouco acostumado com a atual fase...