"Esse meu ficar parado na dourada
Fronteira do escancarado portão dos sonhos,
Observando, em transe, a vista deslumbrante abaixo..."
Já
não faz muito tempo, que o autor dessas linhas,
No
louco orgulho de intelectualidade,
Manteve
"o poder das palavras" - negava que
Um
pensamento vinha ao cérebro humano
Além
da declaração da língua humana:
E
agora, como zombando daquele elogio de si,
Duas
palavras - dois doces dissílabos estrangeiros -
Tons
italianos, feitos para serem sempre murmurados
Por
anjos dormindo no, sempre iluminado pela lua, "orvalho
Pendurado
como colar de pérolas em Hermon Hill,"-
Se
moveram para fora dos abismos do seu coração,
Palavras
quase impensadas, mas que são a alma do pensamento,
Mais
rico, bem mais selvagem, visões bem mais divinas
Que
mesmo o serafim de harpa, Israfael
(Que
tem "a mais doce voz de todas as criaturas de Deus")
Teria
querido declarar. E eu! Meus feitiços se quebraram.
A
caneta se deixa cair impotente da minha mão imobilizada.
Com
teu doce nome por texto, apesar de comandado por ti,
Não
posso escrever - Não posso falar ou pensar -
Ei-lo!
Não posso sentir; Pois não é sentimento,
Esse
meu ficar parado na dourada
Fronteira
do escancarado portão dos sonhos,
Observando,
em transe, a vista deslumbrante abaixo
E
emocionante como vejo, à direita,
À
esquerda,e por todo lugar,
Por
entre vapores sem importância, longe
Para
onde a busca termina - apenas você.
(Traduzido
por Cristiano Gomes)