sábado, 10 de março de 2012

Dia 10 de março...



Meu pai escreveu-me certa vez: “(...) Aproveito para mostrar-lhe um poema que li quando ainda era adolescente e que jamais esqueci. É uma eterna declaração de amor. O poema é da inglesa Elizabeth Barret Browning. São pedaços de minha vida, não vou esquecer. Papai”.

AMO-TE

Amo-te quanto em largo, alto e profundo. Minh'alma alcança quando, transportada, sente, alongando os olhos deste mundo, os fins do ser, a graça entressonhada.

Amo-te a cada dia, hora e segundo. A luz do sol, na noite sossegada e é tão pura a paixão de que me inundo. Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com a dor, das velhas penas com sorrisos, com lágrimas de prece e a fé de minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas, por toda vida, e assim Deus o quiser. Ainda mais te amarei depois da morte.

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