sábado, 3 de março de 2012

Parte 29 – Vigésimo nono contato



Quando estiver vestindo um macacão jeans para ir a um show e acredite: você estará. Não se esqueça de levar uma blusa. Sabe como é o tempo em São Paulo. Pode esfriar de uma hora para outra e o frio... Bem, apenas leve uma blusa. Confie em mim.
Melhor mudar de assunto. Ou, voltar a ele. Tenho uma pergunta. O que você faria se fosse possível mudar alguma coisa do passado? Reflexão. Agora pensará no seu passado. Assim como eu, agora, penso no meu. Não faça isso. Não podemos mudá-lo. Viva o presente de maneira a não precisar, um dia, mudar absolutamente nada. Talvez, seja exatamente este o segredo. Não. Na verdade, não é nenhum segredo. Todos sabem. É um conhecimento universal. Dizem que não há presente melhor que um bom conselho. Não sei. Também ouvi dizer para nunca dar conselhos. Os ignorantes não darão atenção a eles e os mais sábios não necessitam deles. Paradigma. No seu caso, não é exatamente um conselho. É um aviso. Acredite nele.
Por falar em reflexão, lembrei-me de uma fábula de Esopo, um fabulista grego. Dizem que as fábulas de Esopo encantaram tanto o seu dono que este o libertou. 
Um dia os camundongos se reuniram para decidir a melhor maneira de lutar contra o inimigo comum, o gato. Discutiram horas seguidas, sem encontrar um bom plano. Afinal, um ratinho pediu a palavra: “Sabemos que o grande perigo é quando o gato se aproxima tão mansamente que não percebemos sua presença. Proponho que se coloque um guizo no pescoço do gato. Graças ao barulho do guizo, saberemos da aproximação do gato, e teremos tempo para fugir”.
Todos aplaudiram a ideia brilhante. Mas um ratinho mais experimentado pediu também a palavra e disse: “A ideia é muito boa. Mas quem vai pendurar o guizo no pescoço do gato?”. Reflexão.

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