Parte 30 – Trigésimo contato

             EMERSON, MEU AMIGO! A CARTA DE NÚMERO 30.

Reflexão. Moral da história? Falar é mais fácil do que fazer. Não há dúvida. Assim veio, um dia, a decisão de escrever-lhe estas cartas. Não sou um sonhador. Ou sou? Serei considerado um ao acreditar em meus sonhos? Para o dicionário, sonhador é aquele que sonha. Está bem, assumo. Seu trecho preferido do livro “Os sete pilares da sabedoria” pode esclarecer melhor esta relação com sonhos. Tenho certeza; você também pensou nas palavras de T. E. Lawrence. Eu sabia. Você compreende então.

Como sabe, estou em 2012. Hoje, não há nenhuma possibilidade de você receber estas linhas. Viagens no tempo ainda não são possíveis. Ainda. Se, de alguma maneira você está lendo estas elucubrações acredite, não tenho ideia de como foi possível.

Albert Einstein afirmava que o tempo e o espaço não eram exatamente como os cientistas pensavam. Teoria da relatividade, Buracos de minhoca, Cordas Cósmicas, Paradoxo do avô, etc. Não importa. Deixemos de lado as teorias. Não quero abrir nenhuma caixa de Pandora. E olhe que assim como para o titã Prometeu, ousadia não me falta. Eu vou acreditar ser um dia possível. Você se estiver lendo, aceite o fato. É melhor assim. Você não pode imaginar como o mundo mudou nestes vinte e três anos. Internet. Uma palavra do futuro para você. Poderia citar outras. Não vou. Não agora. Tudo isso pertence ao futuro. Está carta relaciona-se ao passado.

Resolvi colocar uma ideia em prática antes mesmo de saber se, de fato, ela se tornaria real. A pergunta continua sendo: quem vai pendurar o guizo no pescoço do gato? Primeiro é preciso encontrar o gato.

O astrônomo Carl Sagan afirmou que o tempo é "resistente a uma definição simples". O que sei sobre o tempo? Ele passa e não volta. Pelo menos hoje, é assim. Então, tomei uma decisão...

             UM GRANDE ABRAÇO. O IMPORTANTE É QUE NADA SE PERCA NO TEMPO...