domingo, 17 de junho de 2012

Parte 31 – Trigésimo primeiro contato



MAIS UMA CARTA.

decisão: comecei a escrever. Comecei estas cartas. E ainda falando sobre tempo, o autor do livro que estou lendo neste no momento, afirma que é “ridículo o esforço vão do homem de capturar o que não podia ser capturado, essa força absoluta, miserável e indomável que é o tempo.” Desculpe, não citarei o autor. Não sei quais seriam as consequências ao revelar algo desta natureza. Para você e mesmo para ele, o livro ainda não existe. Minha decisão não se relaciona com a vontade de dominar o tempo. A questão não é esta. Apenas estou escrevendo. E acredite ou não, hoje, posso perceber claramente os resultados e consequências desta resolução. Já você, eu não tenho a menor ideia. Desculpe a franqueza, é problema seu. Não quero ser grosseiro. Conhece-me suficientemente bem para saber que sou bastante direto. Não irá ficar melindrado por isso. Tenho certeza.
 Um dia destes alguém me perguntou: qual era o objetivo de falar com alguém que não existe mais? Sim; você não existe mais. Não fique chocado. Sou o culpado. Eu ocupei seu lugar. A questão é: realmente não existe? Não sei dizer qual seria o objetivo. Talvez não precise de um. O passado está sempre presente. Não importa o futuro. Esta pessoa, ainda completou dizendo: o Emerson de hoje, fez muitas escolhas e mudou muito em virtude delas. Ela tem razão. Não há dúvidas. Todos nós mudamos com nossas escolhas. Nossa vida muda (ou não) em virtude delas. Um ótimo exercício de lucidez! Ela completou! Lucidez é uma qualidade de quem é lúcido. Claro. Não precisava explicar. De qualquer maneira, lúcido é quem tem uma visão clara da realidade. Realidade? Percebe o problema? Realmente precisamos de um pouco de exercício de lucidez. Ou melhor, eu preciso. Você não. Pelo menos, não neste momento. Apenas aproveite. Tudo.

UM GRANDE ABRAÇO.

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