domingo, 3 de fevereiro de 2013

Roda da Fortuna



“Creio que quase sempre é
preciso um golpe de loucura para se construir um destino”.
 (Marguerite Yourcenar)

No livro Os sete pilares da sabedoria, cito ele mais uma vez, é dito a Lawrence: “Para alguns homens na está escrito a menos que eles escrevam...” Já utilizei esta frase em meus textos. O leitor mais assíduo deverá reconhecê-la. Na verdade, não apenas em meus textos. Está em minha essência.
A frase é proferida à Lawrence quando ele recusa-se a aceitar o que os árabes chamam de Maktub. Está escrito. Não penso ser necessário recorrer à Roda da Fortuna e às três irmãs Moiras da mitologia grega para conhecer nosso destino.
Acreditar em uma sucessão de acontecimentos relacionados a uma determinada ordem cósmica, da qual nada pode fugir, não muda, absolutamente, nossas decisões. Pelo menos, não deveria. O perigo está em utilizar essa crença como quintessência de nossos atos. Nessa, estou com Aristóteles: "O que está além de nossa experiência sensível não pode ser nada para nós".
Espere. Não estou dizendo que não acredito. Também não falei que sim. Minhas crenças pouco importam. Na verdade, pouco importa também se o destino existe ou não. A pergunta é: Se o destino existe e você acredita nele, deverá cruzar os braços? Como sempre, vou citar Miller: “O destino de alguém não é nunca um lugar, mas uma nova forma de olhar as coisas”. Maktub.

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