Entrelinha poderia ser definida como o espaço entre duas linhas. Simples. Mas nada é simples. O sentido implícito. O que não foi escrito ou falado. Então, interpretamos. E, tratando-se de interpretação, cada um tem a sua. Assim, encontre-se na entrelinhas...
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Durante uma furiosa tempestade, um navio foi arrastado para longe de sua rota, vindo a naufragar posteriormente próximo a uma ilha desabitada. Os tripulantes conseguiram escapar a nado para a ilha e salvar algumas coisas que estavam no navio, como um pouco de alimento, ferramentas e sementes.
O solo da ilha era fértil e o clima ameno. Não sabendo quanto tempo levaria para lhes vir socorro, os homens resolveram plantar as suas sementes imediatamente, sem perda de tempo. Antes disso, porém, um grupo de pessoas que tinha penetrado no interior da ilha para ver os recursos que havia, avisou que haviam encontrado ricas jazidas de ouro. Imediatamente se esqueceram de tudo o mais, mesmo da semeadura, e todos correram a cavar a terra em busca de ouro.
Como se alegraram quando avistaram o monte de ouro bruto! Estariam ricos quando o navio de socorro viesse buscá-los. Mas passou o Verão e a horta ficou por ser feita. Demasiado tarde viram que haviam negligenciado a coisa mais necessária: sua provisão de alimento.
Febrilmente puseram-se a lançar as sementes, mas chegou o inverno. O suprimento que tinham trazido do navio naufragado acabou-se e na ilha não se encontrava alimento bastante para todos. Quando se tornaram muito fracos, quase sem nenhuma força, seus olhos pousaram naquele monte de ouro e uma pergunta se instalou em suas mentes. De que lhes adiantava todo aquele ouro, agora que estavam à beira da morte? Todo aquele ouro de nada lhes servia.
O solo da ilha era fértil e o clima ameno. Não sabendo quanto tempo levaria para lhes vir socorro, os homens resolveram plantar as suas sementes imediatamente, sem perda de tempo. Antes disso, porém, um grupo de pessoas que tinha penetrado no interior da ilha para ver os recursos que havia, avisou que haviam encontrado ricas jazidas de ouro. Imediatamente se esqueceram de tudo o mais, mesmo da semeadura, e todos correram a cavar a terra em busca de ouro.
Como se alegraram quando avistaram o monte de ouro bruto! Estariam ricos quando o navio de socorro viesse buscá-los. Mas passou o Verão e a horta ficou por ser feita. Demasiado tarde viram que haviam negligenciado a coisa mais necessária: sua provisão de alimento.
Febrilmente puseram-se a lançar as sementes, mas chegou o inverno. O suprimento que tinham trazido do navio naufragado acabou-se e na ilha não se encontrava alimento bastante para todos. Quando se tornaram muito fracos, quase sem nenhuma força, seus olhos pousaram naquele monte de ouro e uma pergunta se instalou em suas mentes. De que lhes adiantava todo aquele ouro, agora que estavam à beira da morte? Todo aquele ouro de nada lhes servia.
Cirilo Veloso Moraes (Retirado do blog As simples coisas da vida)
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