"A vida é uma peça de teatro que
não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente,
antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos".
(Charles Chaplin)
Era
uma vez um pássaro. Adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes,
coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no
céu, e alegrar quem o observasse.
Um
dia, uma mulher viu o pássaro e apaixonou-se por ele. Ficou a olhar o seu voo
com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rapidamente, os olhos
brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu
em completa harmonia. Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro.
Mas
então pensou: talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a
mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo com outro pássaro. E
sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássaro.
E
sentiu-se sozinha.
E
pensou: “Vou montar uma armadilha. Da próxima vez que o pássaro surgir, ele não
partirá mais”.
O
pássaro que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na
armadilha, e foi preso na gaiola.
Todos
os dias ela olhava o pássaro. Ali estava o objeto da sua paixão, e ela
mostrava-o às suas amigas, que comentavam: “Mas tu és uma pessoa que tem tudo”.
Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o
pássaro, e já não precisava de o conquistar, foi perdendo o interesse. O
pássaro, sem poder voar e exprimir o sentido da sua vida, foi definhando,
perdendo o brilho, ficou feio – e a mulher já não lhe prestava atenção, apenas
prestava atenção à maneira como o alimentava e como cuidava da sua gaiola.
Um
belo dia, o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e passava a vida a
pensar nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o
vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens.
(do blog Simples coisas davida)
2 comentários:
Quero ler esse livro...
Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.
Bjss!!!
Trecho do livro Onze minutos de Paulo Coelho.
Nossa lindo,isso mostra que temos que conquistar a pessoa amada todos os dias,que com o passar dos anos esquecemos de regar a plantinha chamada "Amor".
Parabéns,adorei seu Blog.
Bjosss
Rê
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