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Do livro Sidarta - Hermann Hesse
"(...) como se tonara plano e desinteressante o caminho que trilhava, fazia muitos anos, sem perseguir nenhum objetivo grandioso, sem sede nem exaltação, saturado e, todavia, insaciável! Durante todos esses anos, inconscientemente se esforçara, ansiara por ser uma criatura igual às demais, igual àqueles tolos e, apesar disso, levara uma vida muito mais triste, muito mais pobre do que eles, que tinham propósitos e preocupações diferentes. (...). Não se dedicavam ambos a um jogo sem fim? Era esse um desígnio para o qual se precisava viver? Não, nunca! (...) Nesse instante, Sidarta deu-se conta de que o jogo terminara, de que jamais poderia voltar a fazer parte dele. Um calafrio perpassou em seu corpo. Sentiu que algo acabava de morrer na sua alma". (P. 72)
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