quinta-feira, 21 de abril de 2011

Parte 22 – Vigésimo segundo contato


EMERSON, COMO VAI? ENVIO MAIS UMA CARTA. A VIGÉSIMA SEGUNDA. APESAR DE NADA SABER SOBRE ELAS, ACREDITO QUE ELAS SÃO IMPORTANTES PARA VOCÊ. POSSO APENAS ENVIAR-LHE 300 PALAVRAS POR VEZ. APROVEITE CADA UMA DELAS

(...) poderá ficar esquecido para sempre. Se contar o futuro para uma pessoa, ela não terá futuro. Vi esta frase em um filme. Esqueci o filme, não as palavras. Ao escrever para o passado é inevitável não falar do futuro. Continuarei tentando. Não é o futuro que importa. Principalmente quando o atual momento será fundamental para sua vida. Esperei um tempo considerável para falar-lhe sobre os próximos acontecimentos. Na minha inocência, acreditei que seria tarefa simples. Não é. Tenho medo. Sim; medo. Não é comum sentirmos medo. Falo por nós dois. O medo não é um sentimento capaz de frear nossa iniciativa. De nos fazer recuar. Recuar é voltar para trás. Nada encontraremos recuando. Não devemos confundir: nossa vida não está no passado. O passado sim; estará sempre em nossa vida. Mas confesso; estou com medo. Não tenho a noção exata de como minhas palavras mudarão sua vida. Não importa se para melhor ou pior. Não é esta a questão. Talvez, fosse mais simples deixa-lo viver. Dane-se! Por outro lado, encontrei uma maneira de chegar até você. Uma maneira absurda e inimaginável. Poucos acreditariam ser possível. Então, pergunto: como ignorar possibilidade tão espetacular? Não encontrei a resposta. Como escrevi na última carta, se deixamos algo de lado, poderá ficar esquecido para sempre. Deixar algo para depois não está em nossa essência. O próximo assunto é muito delicado. Estou enrolando. De propósito, não serei muito esclarecedor. Como já falei tenho medo das consequências. Apesar de você pensar ter o controle das situações e principalmente das suas ações, precisa acreditar quando digo que está errado. Os próximos acontecimentos em sua vida serão de extrema importância para você. Saberá reconhecê-los no momento exato. A única coisa que posso lhe dizer é: mantenha o controle. Tome cuidado. Não se deixe levar. Apenas isso. Um mundo novo se aproxima. Será seu.

UM GRANDE ABRAÇO.

3 comentários:

Anônimo disse...

sr. Emerson Batista,
Como é loko ler as cartas, pq não tem como não lembrar dos momentos vividos. O mais loko é ler vc escrever "medo", a palavra q vc mais queria tirar da minha boca...força amigo nada é por acaso saiba disso, mas os caminhos são seus.
Um grande beijooo.

Anônimo disse...

Medo não é uma palavra do seu vocabulário. Fiquei surpresa com todo esse suspense. De qualquer maneira adoro essas cartas, adoro o autor e já estou ansiosa pela próxima. Com certeza muito mais que o destinatário, já que tbém é o remetente.

Anônimo disse...

Se as cartas continuarem um dia serei conteúdo.
Tenho ate medo dos conselhos que o remetente vai
dar ao destinatario. O título devera ser: Carta Bomba...
ou não. Só o tempo podera dizer. Vamos esperar!