domingo, 29 de novembro de 2009

Alucinante...

“And you shook me all night long…”
(E você me sacudiu a noite toda)
(Letra AC/DC)

I don’t speak portuguese. I speak rock’n roll! Foi assim que Brian Johnson, vocalista do AC/DC, iniciou o show da banda no Morumbi. Falando este idioma foi impossível não ser compreendido. Não foi apenas o vocalista que se fez entender. Atônitos, descobrimos que a guitarra de Angus Young fala. Não me perguntem como. Mas, entendi cada palavra; quer dizer... cada acorde. Quem esteve lá poderá confirmar. A constatação é que Angus, no palco, é um alucinado. Endiabrado talvez seja palavra certa. Mágico. Inesquecível.
Vendo o show ao lado de um grande amigo, e neste show não poderia ser outro, em dado momento o ouvi dizer: Nossa! Já escutei estas músicas tantas vezes... Conheci este amigo assim: com o álbum Back in Black na mão. Mais de vinte anos depois, quem diria, estávamos juntos vendo o show. Faltou a velha jaqueta rasgada ou um tênis sujo qualquer. Mas, sem dúvida ainda somos os mesmos.
Estar no show do AC/DC no ano de 2009 é quase surreal. As lembranças que cada música trás, são lembranças de um garoto. Um garoto que simplesmente adorava rock’n roll.





sábado, 28 de novembro de 2009

Os três porquinhos... Final Alternativo


Mais uma vez, provamos um prato excepcional. Muitos amigos, acompanhando as proezas gastronômicas de toda quinta, insistentemente escrevem pedindo as receitas dos pratos descritos no Vinho nas Quintas. As receitas não serão explicadas. Mas, estão todos convidados a aparecerem uma quinta qualquer e ver como são preparados, e claro, provar um bom vinho.
Todo mundo conhece o final da história dos três porquinhos. Mas, se dependesse do prato desta semana, a história acabaria diferente. Se o lobo tivesse a oportunidade de provar o prato, com certeza teria derrubado também a casinha de tijolos.

Pratos da noite:
Copa de lombo com molho agridoce, batatas com ervas puxadas no azeite e arroz branco. O vinho branco (chardonnay / chenin) harmonizou o prato.
O segundo vinho, degustado com finas fatias de tender, superou nossas expectativas (ou não). Espetacular!



Família Zuccardi Fusion

Branco– 2006
Produtor: Família zuccardi
País: Argentina
Uva: Chardonnay, Chenin Blanc
Teor Alcoólico: 13% Vol.
Importatora: Expand
Descrição: De cor amarelo ouro, aromas de amêndoas, frutado e encorpado.

Carmen Reserve Merlot

Tinto – 2005
Produtor: Viña Carmen
País: Chile
Região: Vinhedos localizados na Vale de Casablanca (a Merlot) e na Vale de Maipo (a Cabernet Sauvignon).
Uva: Merlot 90%, Cabernet Sauvignon 10%
Teor Alcoólico: 13,5% Vol.
Importatora: Mistral
Descrição: Um dos melhores Merlots do Chile, de grande reputação. O bouquet é intenso e complexo, cheio de frutas vermelhas, especiarias e tostado. Na boca é encorpado e rico, bastante concentrado, com taninos finos e macios. Combina muito bem com pizzas e massas, sendo também ótimo para ser bebido sozinho.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Segundo Contato




Não se deixe enganar. Volto a repetir. Você não sabe de nada! Não pare de ler agora somente por estar com a índole ferida. Não é minha intenção magoá-lo ou debochar de você. Muito pelo contrário. Digo que não sabe de nada apenar porque estou em uma situação mais privilegiada. Já tomei conhecimento de coisas que nunca passaram pela sua cabeça. Acho melhor ir contando aos poucos, do contrário, você custaria a acreditar. Não pretendo, assim de imediato, tratar de assuntos mais complicados. Vamos esperar um pouco. Pelo menos, até que você possa assimilar melhor toda esta história. Mas tem um assunto que há muitos anos me incomoda, e agora que consegui lhe escrever você poderá me ajudar. Sei que o professor Pedro é um pouco ranzinza e até mal humorado. Mas garanto que com o passar dos anos se lembrará dele de outra maneira. Afinal ele também foi professor da mamãe e imagine como o mundo mudou para ele desde então. Lembra-se quantas vezes o professor Pedro falou na aula sobre a importância do caderno de apontamentos? Que ele poderá ser muito útil no futuro? Acredite, é a mais pura verdade. Então, meu pedido é este: guarde o caderno como um tesouro de valor incalculável. Talvez não tenha, para você, valor algum agora, mas com o passar dos anos saberá que tenho razão. Aproveitando que estou tocando neste assunto, procure conversar um pouco mais com ele. Um professor com tanta experiência poderá lhe ensinar muita coisa sobre a vida e já que está na aula, poderia aprender um pouco sobre gramática. Tenho certeza que os conhecimentos serão muito úteis um dia. Não garoto, sei o que está pensando. Não é isso. Você não sabe o que é dar valor para as pessoas quando já é tarde demais. Mais um dia entenderá...


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Blade Runner

"Eu vi coisas que vocês humanos não acreditariam...
Todos estes momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas
na chuva!" (Do filme Blade Runner)


A busca pelo sentido da vida. O tempo! Desesperadamente tempo. Criador e criatura. Dilemas morais e éticos. Blade Runner não é um filme qualquer. Têm seu lugar na história do cinema. Neste filme, a comunicação por telefone é feita de maneira que um interlocutor veja o outro através de uma tela. Surreal quando vi o filme. Acreditava que levaria muitos anos para ser possível. Não demorou. Já é uma realidade.
Muitas teses já foram desenvolvidas baseadas em Blade Runner. Não pretendo escrever mais uma. Usando a definição de Giovanni Alves, “Blade Runner é uma pequena odisséia de homens e mulheres, humanos e pós-humanos, em busca da sua identidade perdida.” Sem mais nenhum comentário, vejamos a cena.





terça-feira, 24 de novembro de 2009

Todos os nomes


“(...) Nas ocasiões de mais extremo apuro que o espírito dá a autêntica medida da sua grandeza.” (José Saramago em Todos os Nomes)

Sou fã de José Saramago. Já tive a oportunidade de ler alguns de seus livros. Como muitas coisas em minha vida, acabo gostando do mais simples e menos famoso. Assim é com Todos os Nomes. Já escrevi em mais de uma oportunidade que tenho certa atração pelas coisas simples e banais do dia a dia. Assim é a vida do Sr. José. Luiz Antonio Ribeiro, no blog Tu Críticas, escreveu sobre o livro: “O herói de Saramago, neste romance, é um homem comum que vê no acaso a possibilidade de mudar a sua vida, de traçar um caminho para ela e lhe dar sentido e movimento. Esse sentido virá do novo olhar que o personagem lança sobre as coisas mais triviais que, lentamente como na história dos homens, fará mudar a sua história e lhe possibilitará o exercício de sentimentos humanos dentro de si adormecidos, devolvendo-lhe a vida, a imaginação e a capacidade de criação. O personagem se lança na escuridão do tempo e do espaço em busca do novo que contraditoriamente é a sua origem de homem e de ser pleno de sentimentos e deveres, consciente e sem culpa.” Todos os nomes é um livro de meu gosto particular. Por esta razão hesitei um pouco em indicá-lo. De qualquer maneira, como estas são minhas reminiscências acredito que nada mais justo indicá-lo aqui, nestas páginas.


Primeiro contato



"Aquele que controla o presente, controla o passado. 
Aquele que controla o passado, controla o futuro." (George Orwell)

Querido Emerson Batista

Pode parecer estranho estar lhe escrevendo desta maneira. Apesar de já me conhecer você não tem a menor ideia de quem sou, ou melhor, de quem me tornei. Talvez esta seja uma das razões que me fizeram lhe escrever. Já faz algum tempo que venho querendo fazê-lo, mas estava indeciso sobre o momento certo. Esperei; primeiro até estar pronto para realmente estar maduro o suficiente para ajudá-lo nas decisões que precisará tomar. Em segundo, ainda tinha dúvidas sobre quando você deveria receber esta carta. E, por último e talvez mais importante: se deveria ou não fazê-lo.
Decidi enviá-la agora que você completou catorze anos. O ano, como você bem sabe é 1986. Não foi nada fácil escolher a idade certa. Mais difícil ainda foi fazer a carta chegar até você. Para falar a verdade não tenho a menor idéia de como ou quem conseguiu fazê-la chegar à suas mãos. Em 2009, ano que lhe escrevo, ainda não era possível. Mas, estou feliz por ter conseguido. Não se assuste. Sei que pode parecer inverossímil para você, mas logo saberá que as coisas acontecem de maneira muito rápida e acredite, o que tenho para lhe contar poderá ser de grande ajuda. Não! Não é nenhuma brincadeira. Ninguém melhor do que eu para saber o quanto você é desconfiado a respeito de tudo.
Desculpe se serei um pouco rude, mas não tenho outra maneira para lhe dizer isso. Você não sabe de nada. Acalme-se. Se bem me lembro eu ficaria muito irritado se me falassem desta maneira. Quero dizer, você ficaria irritado. Confesso que mudei um pouco. Estou bem mais calmo hoje em dia. Você sempre foi atrás de todos os seus sonhos. Mas não escrevi para falar do futuro. Você terá que descobri-lo sozinho.
Mas devo alertá-lo. Não se...




domingo, 22 de novembro de 2009

Vida é sinônimo de mudança



Áudio: Journey-Don't Stop Beliving

“A crença na magia, como a crença no milagre, nasce da visão de um universo no qual os desejos e as emoções podem alterar os fatos. A ciência diz que isto não é verdade. O senso comum continua, teimosamente, a crer no poder do desejo. Freud disse mesmo que esta é a crença fundamental por detrás do comportamento neurótico. Isto parece nos levar à conclusão de que o pensamento mágico e o pensamento científico moram em mundos distantes. (...)”. (Rubem Alves)

Apesar de acreditar, não posso afirmar que os desejos e as emoções podem alterar os fatos, mas tenho certeza que para mudá-los temos que tornar estes dois mundos, o do pensamento mágico e do pensamento científico, cada vez mais próximos.
Dushkin nos ensina que “Vida é sinônimo de mudança. (...)”, Não acredito que as mudanças virão simplesmente através de mágicas ou milagres. Não se engane, não estou dizendo que não acredito em milagres. Muito pelo contrário. Espero por eles todos os dias. É preciso saber reconhecê-los. Eles estão nas coisas mais simples. Nas conquistas diárias. Nas portas abertas ou mesmo nas fechadas. Na mão que se estende de maneira inesperada. Em uma palavra ou em um gesto qualquer. Não importa.
Nossa atitude também é fundamental. Tenho fé. Minha fé não me deixa duvidar nunca. Como poderia? Sim, eu acredito realmente que os desejos e as emoções podem alterar os fatos. No final imagino que estes mundos não se encontram tão distantes assim. Estão mais próximos do que podemos imaginar. Talvez, até mesmo, um dependendo do outro. Talvez nós, sejamos a ponte entre eles. Sei que o assunto é delicado. Espero poder expressar, com clareza, meu ponto de vista. Por outro lado não poderia ficar calado. Enfim! Com o risco de estar exagerando nas citações, não resistirei e utilizarei mais uma. Para encerrar. Druyére disse que “Nenhuma estrada é comprida demais para o homem que avança deliberadamente e sem pressa. E nenhuma honra está distante demais para o homem que se prepara para elas.” É, estarei sempre nesta estrada. Avançando a cada passo. Vivendo cada dia. Com muita honra...


Bibliografia:
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência. – introdução ao jogos e suas regras. São Paulo, 1988. Editora Brasiliense. 11ª edição.

sábado, 21 de novembro de 2009

Silêncio por favor!


"Estamos ameaçados por duas calamidades: a ordem e a desordem."
( Paul Valéry )


Tratando-se de educação, a didática é fundamental para o êxito em relação aos objetivos a serem alcançados. Espere! Está parecendo conversa de professor (e é mesmo) em reunião pedagógica. Não é nada disso. O assunto realmente é sobre a didática. Tenha um pouco de paciência e você compreenderá. Antes, vamos entender um pouco mais sobre o assunto. "Do grego didaskein, significa ensinar. 1. Arte e técnica de ensinar, de dirigir e orientar a aprendizagem. 2. O estudo dessa técnica." Bom, toda essa pedagogia para tentar entender o que se passou no vídeo (que mais uma vez recebi do amigo Marcel). Juro que não tentarei nada parecido com meus alunos. Eles ficam em silêncio (ou quase) quando conto até três. Mas ao assistirem ao vídeo reparem: Em primeiro, na professora... One... two... three. Depois, na lousa… os seis pilares. E, por último e o melhor de todos... no mascote.




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Noite de Lapostolle


Grande noite! Para começar, o Reinaldo se lembrou do amigão que sempre pergunta se a boa cervejinha é apreciada nos encontros de quinta-feira. Então amigão, o primeiro prato foi em sua homenagem. Veja o que acha. Batatas assadas, finamente temperadas. Harmonizada com a boa Bohemia Oaken. Com a cerveja na mão, fomos para cozinha e preparamos: Tiras de contra-filé com molho de creme de leite e um toque de mostarda. Para acompanhar, as batatas assadas e arroz com milho verde.


O vinho escolhido para harmonizar com o prato (deveríamos ter escolhido um tinto) foi:

PORTA DA RAVESSA
2007 – Branco
Origem: Portugal - Alentejo.
Castas: Roupeiro, Fernão Pires e Arinto.
Teor Alcoólico: 12,5% Vol.
Prova: Apresenta cor amarela citrina, aroma intenso e frutado, sabor leve e fresco (ver ficha técnica).

No segundo vinho degustado, optamos por degustá-lo sem nenhum acompanhamento. Há muito tempo queríamos experimentar este vinho. Foi o que fizemos.

CASA LAPOSTOLLE MERLOT
2007 – Tinto
Origem: Chile - Vale do Rapel
Castas: 85% Merlot e 15% Cabernet Sauvignon
Teor Alcoólico: 13,5% Vol.
Prova: A uva Merlot é uma das grandes especialidades da Casa Lapostolle, mostrando grande caráter varietal e profundidade. Uma das escolhas mais "sólidas" para a Wine Spectator, este saboroso tinto é elegante, macio e bem equilibrado. Robert Parker já descreveu seu bouquet como "quase de um borgonha" e elogiou o corpo " concentrado e harmonioso, com taninos soberbamente maduros".


Para terminar a noite, creme de papaia de sobremesa e o tradicional café.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O poderoso chefão


"Bonasera. Bonasera. O que fiz para que me trate com tanta falta de respeito?"
(Don Corleone em O poderoso chefão)

Tenho tentado evitar ser óbvio na escolha das cenas. Não que tenha alguma importância. Tenho guardado algumas cenas que verdadeiramente adoro, esperando o momento certo de publicá-las. Mas me dei conta que não tenho nenhum motivo para fazê-lo. Portanto a cena desta semana é de um dos filmes mais premiados e cultuados da história do cinema. O poderoso chefão, de Francis Ford Coppola. O filme é baseado no livro de Mario Puzo. A cena escolhida dá, na medida certa, a idéia do brilhantismo alcançado pelo diretor, atores, música, etc... Chamo a atenção para, em primeiro lugar, a direção de Copolla. A maneira que o diretor conduz a cena é de uma genialidade poucas vezes encontrado no cinema. E, em segundo lugar, Marlon Brando. O ator tornou imortal o personagem Don Corleone. Enfim! Chega de papo furado. Vejamos a cena...




terça-feira, 17 de novembro de 2009

Manuelzão e Miguilim


A idéia veio de uma mania minha. Quem me conhece sabe que não apenas sou um leitor inveterado como também possuo muitos livros. Invariavelmente tenho como costume abrir um livro em uma página qualquer e ler o seu conteúdo. Não me pergunte! Não existe nenhuma razão. Por motivos óbvios, adotarei sempre a página 72 de qualquer livro para transcrever seu conteúdo aqui no blog.. Talvez a idéia não seja das melhores, mas vamos ver para onde ela nos levará. Não escolherei o conteúdo. Pegarei um livro e abrirei na página 72. Simples assim. Vejamos o que acontece.

Do livro: Manuelzão e Miguilim de João Guimarães Rosa

“(...) Então, mas por que é que Pai e os outros se praziam tão risonhos, doidavam, tão animados alegres, na hora de caçar atôa, de matar tatu e os outros bichinhos desvalidos, Assim, com o gole disso, com aquela alegria avermelhada, era o que o demônio precisava de gostar de produzir os sofrimentos da gente, nos infernos? Mais nem queriam que ele Miguilim tivesse pena do tatu – pobrezinho de Deus sozinho em seu ofício, carecido de nenhuma amizade. Miguilim inventava outra espécie de nojo das pessoas grandes. Crescesse que crescesse, nunca havia de poder estimar aqueles, nem ser sincero companheiro. (...)” (p.72)

Como animar uma festinha...


"Aflige-te uma vergonha injustificada por teres medo de parecer louco entre loucos."
(Horácio)

Um ato isolado de um ser débil é fácil e pode ser explicado de diversas maneiras. Mas explicar a insanidade coletiva instaurada a partir de um indivíduo completamente desmiolado desafia os maiores catedráticos na psique humana. Caso ainda haja alguma dúvida, o vídeo abaixo é capaz de lançar uma luz sobre a questão. Assim, se não for incomodo demasiado, peço a ajuda do fiel leitor destas Reminiscências. Não tentem explicar-me às razões do primeiro ser causador de tamanho “furdúncio”. Gostaria de entender o que motivou os demais. Bem, talvez não precisassem de muita motivação. De qualquer maneira, não consigo entender ou colocando de outra forma, custo a acreditar. O vídeo foi gravado durante o Sasquatch Festival. Tudo ia muito desanimado até que...

domingo, 15 de novembro de 2009

Saia Justa...


"O meio mais eficaz para obter fama é fazer o mundo acreditar que já se é famoso. "
(Giacomo Leopardi)

Estava evitando o assunto por acreditar que o assunto deveria ser evitado. A esta altura, todos já devem ter tomado conhecimento da estudante expulsa de uma universidade por causa de uma mini-saia. Convenhamos, a estudante conseguiu uma proeza. Ser expulsa em virtude de uma saia curta e ainda conseguir ser hostilizada por todo o Campos Universitário não é para qualquer um. Enfim! Não quero entrar no mérito da questão. Que, aliás, não possui mérito algum. Na verdade, como falei, estava procurando ignorar o assunto. Ele não tinha a menor importância ou, ao menos, não deveria ter. Mas, para minha surpresa ou deveria dizer indignação, a estudante virou celebridade. Resolvi escrever sobre o assunto ao vê-la no programa Altas Horas da Rede Globo e uma matéria em um jornal com o título "Em moda com Geyse" (ou algo parecido). Não vi a entrevista no programa e nem li o artigo no jornal. Ainda bem.
Dizem que o Brasil é um país que não valoriza seus ídolos. Começo a entender por que. Por aqui não é difícil virar celebridade. Qualquer motivo parece servir. Não precisa ser um grande motivo. Pode ser curto como uma saia mesmo. Talvez, a culpa seja minha. Talvez, eu não entenda muito bem o significado de celebridade. Vou recorrer ao dicionário então. Quem sabe encontre uma luz no fim do túnel. E que não seja um trem vindo ao contrário. Do dicionário, celebridade: “Que se distingue pelas suas qualidades ou feitos. Ilustre, insigne, notável. Que é fora do comum. Estranho, extravagante, singular.” É... Agora compreendo. Estava errado realmente. Desculpem a minha ignorância. A estudante, verdadeiramente, merece o posto. Realmente ela se distingue pelos seus feitos. É notável, fora do comum, extravagante e singular. Uma celebridade! Chego então à conclusão: o errado sou eu! Vou desligar a televisão...


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Epopéia Gastronômica


Esta semana não deveria chamar Vinho nas Quintas. Foi mais para uma maratona gastronômica. Se não bastasse o prato principal a noite teve ainda tábua de queijo e frios e duas sobremesas. Os vinhos degustados harmonizaram com cada prato. A epopéia está descrita abaixo, depois da foto com os pratos degustados. Em visita ao filho Reinaldo, Dona Gilda deixou as sobremesas de presente. Escolheu o dia certo. Uma delícia!

1- Frango grelhado com ervas, batata sauté com lascas de parmesão, alface americana com alcaparras e arroz branco.
Harmonização:
Viña Tarapaca Sauvigno Blanc
Branco - 2007
Chile - Maipo
Produtor: Viña Tarapaca
Alcool: 13% Vol.
Descrição: Vinho frutado. Ligeiras notas de coco e baunilha. Equilibrado, harmônico, com acidez envolvente, retrogosto longo e firme.

2- Tábua de frios e queijos.
Harmonização:
Carmen Classic Cabernet Sauvignon
Tinto - 2006
Chile - Rapel
Produtor: Viña Carmen
Alcool: 14% Vol.
Importadora: Mistral
Decrição: Chamado de "Value Wine" por Robert Parker por sua excelente relação qualidade/preço, o saboroso Classic Cabernet Sauvignon é elaborado com uvas de alguns dos vinhedos mais bem localizados do Chile. Mostra boa tipicidade em um conjunto muito equilibrado e agradável, fácil de gostar.

3- Torta Bahiana (Receita Dona Gilda).

4- Café preparado na cafeteira italiana e bolo de cenoura com cobertura de chocolate (Receita Dona Gilda).


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Rio Bravo


Onde começa o inferno (Rio Bravo, 1959) é o western perfeito. Clássico de Howard Hawks. Ao contrário do que pode parecer, ou se esperar de um western, Rio Bravo não é um filme com muita cena de ação. Muito pelo contrário. São raras. Muitos críticos classificam o filme como “western psicológico”. A cena reminiscente escolhida de Rio Bravo, é uma cena musical. Adoro a cena. Adoro os atores. Adoro a música. Adoro o filme. Adoro. O filme me faz lembrar, sempre, de meu pai. Ele é fã do filme, mais ainda do que eu. A cena do tiroteio final também poderia estar aqui. Ou a cena do "borrachon", com o Dean Martin. Mas a cena que, verdadeiramente, me é reminiscente é a escolhida para ser exibida aqui. E esta é minha cena preferida...



quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Onde as ruas não tem nome


Eu quero correr, eu quero esconder,
Eu quero derrubar as paredes,
Que me seguram por dentro,
Eu quero alcançar e tocar na chama,
Onde as ruas não têm nome
(da música: Where the streets have no name do U2)


Oscar Wilde disse que viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existe. É verdade. A maioria. Felizmente não é o meu caso. Não porque tenha feito algo extraordinário. Pensando bem, fiz sim. Pensando bem, tenho algo extraordinário. Felicidade. Onde as ruas não têm nome. Não porque estão esquecidas. Não porque estão perdidas. Simplesmente porque não é necessário. Simplesmente porque não importa. Onde as ruas não têm nome. Entendemos-nos pelo olhar. Pensamos ao mesmo tempo. Falamos juntos. Não falamos nada. Falamos tudo. Onde as ruas não têm nome. Escutamos uma música. Lembramos um do outro. Lembramos de um momento. Lembramos de todos os momentos. Nunca esquecemos. Jamais acabará.
A música Where the streets have no name, do U2 é, para mim, especial. Na verdade tornou-se especial ao longo tempo. Não pela sua letra. Mas porque foi a primeira. Depois dela, não precisou de outras. O vídeo também esteve presente no início. Então também é especial. Viver é especial. Eu posso alcançar e tocar a chama. Já alcancei. Já fui consumido. Já derrubei as paredes. Nada me segura. Onde as ruas não têm nome.

Eu quero sentir a luz do sol no meu rosto,
Eu vejo a nuvem de poeira desaparecer sem deixar pista,
Eu quero me abrigar,
Da chuva ácida,
Onde as ruas não têm nome,
(da música: Where the streets have no name do U2)



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Trópico de câncer


“Só os que são capazes de admitir a luz em suas entranhas podem traduzir o que há no coração.” (Henry Miller em Trópico de câncer)

Nenhum autor me impressionou tanto quanto Henry Miller. Sem obedecer a uma seqüência linear, o texto de Miller é avassalador. Hesitei em recomendá-lo. Alguns terão dificuldades em digerir o forte texto. Talvez a maioria. Em uma lista dos melhores livros, lembro primeiro de Trópico de câncer (1934).
Fernando Bonassi, colunista da Folha, encontrou os mesmos sentimentos que eu ao descrever o livro: “Não é apenas um livro o que você têm nas mãos. Aliás, muito cuidado ao abri-lo. Quando um texto é resultado de mergulhos tão profundos no poça da verdade, o resultado pode, no mínimo não cheirar bem (...) Trata-se das anotações minuciosas de um homem que abandonou as convenções de sua época em nome daquilo que nem todos os gregos conseguiram, embora recomendassem veemente: o conhecimento de si mesmo (...) Você tem nas mãos um livro nojento, grandioso, estimulante, infernal. Você tem nas mãos o Livro da vida! Diante de uma experiência como essa, só o arrebatamento. Isto posto, abra-o... concentre-se, ajoelhe-se e faça-se merecedor de tanta sabedoria.”

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Encomendando uma pizza no ano de 2054


Telefonista: Pizza Hot, boa noite!
Cliente: Boa noite, quero encomendar pizzas...
Telefonista: Pode me dar o seu NIDN?
Cliente: Sim, o meu número de identificação nacional é: 610204791993-8456-54632107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lewis. Seu endereço é 1742 Meadowland Drive, e o número de seu telefone é 494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Insurance é o 745-2302 e o seu celular é 266-2566. De que número o Sr. ligou?
Cliente: Bem, estou em casa. Como você conseguiu essas informações todas?
Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma quatro queijos e outra calabresa...
Telefonista: Talvez não seja uma boa idéia..
Cliente: O quê?
Telefonista: Consta na sua ficha médica que o Sr. sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.
Cliente: É, você tem razão! O que você sugere?
Telefonista: Por que que o Sr. não experimenta a nossa pizza Superlight,com tofu e rabanetes? O Sr. vai adorar!
Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?
Telefonista: O Sr. consultou o site "Recettes Gourmandes au Soja" da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14h27, onde permaneceu ligado à rede durante 36 minutos. Daí a minha sugestão..
Cliente: OK, está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família!
Telefonista: É a escolha certa para o Sr., sua esposa e seus 4 filhos, pode ter certeza.
Cliente: Quanto é?
Telefonista: São $49,99.
Cliente: Você quer o número do meu cartão de crédito?
Telefonista: Lamento, mas o Sr. vai ter que pagar em dinheiro! O limite do seu cartão de crédito já foi ultrapassado.
Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza.
Telefonista: Duvido que consiga, o Sr. está com o saldo negativo.
Cliente: Meta-se com a sua vida! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
Telefonista: Estamos um pouco atrasados; serão entregues em 45 minutos. Se o Sr. estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...
Cliente: Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto?
Telefonista: Peço desculpas, apenas reparei que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la.
Cliente: @#%/§@&?§/%!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Telefonista: Gostaria de pedir ao Sr. para não me insultar...não se esqueça de que o Sr. já foi condenado em julho de 2009 por desacato em público a um Agente Regional
Cliente: (Silêncio)
Telefonista: Mais alguma coisa?
Cliente: Não, é só isso... não, espere... não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 3095423/12, nos proíbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou me atirar pela
janela!!!!!!!!!!!!!!!
Telefonista: E machucar o joelho? O Sr. mora no andar térreo....

sábado, 7 de novembro de 2009

A linha de sombra


Ah o tempo! Em um piscar de olhos não somos mais os mesmos. Ou, nunca deixaremos de ser. Quem sabe? Acontece que antes mesmo de termos consciência das mudanças que o tempo é capaz de nos infligir, tudo mudou. Quer gostemos ou não, acabamos deixando muita coisa para trás. Nossa linha de sombra, ficou para trás. Mas elas não estão esquecidas. Não! Isso nunca. Basta um momento qualquer e logo cada sentimento é revivido. Não importa há quanto tempo ele esteja adormecido. A foto a baixo é um destes momentos. Está longe de ser um momento qualquer.
A foto foi tirada no casamento do Dener e da Renata (26/07/2008). O brinde, já histórico, foi realizado no banheiro masculino na festa do casamento. No banheiro! Imaginem vocês. Depois de uma boa dose de boa música e um pouquinho de prosecco (tudo bem, não foi tão pouquinho assim...), o noivo, eu e o Douglinhas (Daniel San segundo minha esposa) resolvemos ir ao banheiro. Nada mais simples e compreensível. Acontece que estando lá paramos um pouco para conversar. Um pouco, dançar cansa! Não tenho a menor idéia do assunto. Como poderia? Mas, fomos ficando e aos poucos outros foram chegando. O brinde, que a foto eternizou, deve ter acontecido após uns trinta minutos de muitas risadas. Neste tempo, apareceu também o garçom para encher os copos (a bem da verdade ele apareceu mais de uma vez por lá) e claro, o fotógrafo não poderia faltar. Não sei como ele nos descobriu. A farra só foi terminar com a irmã do noivo invadindo o cativeiro e resgatando o noivo de maneira heróica após cerca de quarenta minutos de cárcere não privado. Sim! Heróica. Por que não foi nada fácil.
O brinde, claro foi em homenagem ao noivo. Não poderia ser diferente. Mas basta ver no sorriso de cada um para entender que também brindamos àquele momento especial. O momento que resgatou um pouco e por alguns minutos, sentimentos que tempo nenhum será capaz de apagar. Salute!
Ao escrever o texto me inspirei no livro de Joseph Conrad. A linha de sombra. Conrad explica da seguinte maneira a linha de sombra:
"Apenas os jovens têm tais momentos. Não me refiro aos muitos jovens. Não. Os mais jovens não têm, a bem dizer, momento algum. É um privilégio do começo da juventude viver adiante de seus dias, em toda e bela continuidade de esperança que não conhece pausas ou interrupções. Fecha-se atrás de si o pequeno portão da mera meninice – e adentra-se um jardim encantado. Até as sombras aqui resplandecem cheias de promessas. Cada curva da vereda tem suas seduções. E não porque se trate de um país desconhecido. Sabe-se muito bem que a humanidade toda já trilhou aquela senda. É o encanto da experiência universal, da qual se espera extrair uma sensação incomum ou pessoal – um algo que seja só nosso. Vai-se reconhecendo os marcos dos predecessores, excitado, divertindo-se, aceitando a boa como a má sorte – as rosas e os espinhos, como se costuma dizer -, o pitoresco lote padrão, que guarda tantas possibilidades para os merecedores, ou talvez para os afortunados. Sim. Vai se adiante. E o tempo, também, caminha – até que se percebe logo adiante uma linha de sombra avisando-nos que também a região da mocidade deverá ser deixada para trás."


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pálido Ponto Azul... por Carl Sagan


“A astronomia é uma experiência de humildade e formação de caráter. Talvez não haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que essa imagem distante de nosso pequeno mundo...” (Carl Sagan)

Não me alongarei. Assim os amigos leitores poderão dedicar apenas seis minutos para ver um vídeo fora de série. Sei que seis minutos são uma eternidade. Mas vejam o vídeo e me digam depois se não valeu cada minuto.
Pálido Ponto Azul (Pale Blue Dot) é uma famosa fotografia da Terra feita pela sonda Voyager 1. Essa foto acabou inspirando Carl Sagan a escrever o livro Pale Blue Dot (1994). O vídeo a seguir, You are here, foi baseado neste livro. Após o vídeo, se ainda tiverem um tempinho, visitem o link Pálido Ponto Azul para saberem um pouco mais sobre o livro e a foto que o originou.





terça-feira, 3 de novembro de 2009

Era uma vez na América


“O meu amado é branco e rude . E sua pele é o mais fino ouro...
“Mas ele sempre será um vagabundo... Eu nunca poderei amá-lo... Que vergonha!” (do filme Era Uma Vez na América)


Era uma vez na América. Mais uma vez escolhi uma cena deste filme memorável. Obra prima de Sergio Leone. Já falei, quando usei pela primeira vez uma cena deste filme, que por mim não escolheria apenas uma cena e sim o filme todo. Mas, esta não é a proposta das cenas reminiscentes. Escolhi então, que me perdoem os amigos leitores, duas cenas. Na verdade uma complementa a outra. A primeira, do balé, dispensa qualquer comentário. É preciso apenas assistir e se deliciar com os detalhes e a belíssima música de Enio Morricone. Música que também é fundamental na cena seguinte. O diálogo (ou monólogo), que mais uma vez não encontrei com legendas em português, marca uma cena muito bonita e para quem já viu o filme entenderá sua importância.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

No Veja Blog...


Estas Reminiscências foram selecionadas pelo Veja Blog (Veja o site). O e-mail com a notícia dizia o seguinte: “Parabéns pelo excelente Site! Você está fazendo parte da melhor e maior seleção de Blogs/Sites do País! – Somente Sites e Blogs premiados – Selecionados pela nossa equipe, você está agora entre os melhores e mais prestigiados Blogs/Sites do Brasil! Parabenizamos pelo ótimo trabalho!
No e-mail recebi um selo que passarei a exibi-lo, sempre, aqui no blog. Fiquei muito feliz com a escolha e logo lembrei da frase do Ayrton Senna que mantenho constantemente no início do blog.



domingo, 1 de novembro de 2009

Tocando por mudança


“Até que não existam cidadãos de 1º e 2º classe de qualquer nação. Até que a cor da pele de um homem seja menos significante do que a cor dos seus olhos. Haverá guerra.” (Da música War / Composição: Allen Cole / Carlton "Carlie" Barrett)

A música realmente é uma linguagem universal. Até aí nenhuma novidade. A genialidade está quando alguém utiliza um conceito universal e cria algo extraordinário. É o que fez o engenheiro de som Mark Johnson, criador do projeto Playing for Chance (Tocando por Mudança). Johnson viaja o mundo gravando artistas de rua de diferentes etnias, integrando através da música culturas e pessoas. Segundo o artista: “Vi ali a incrível habilidade que a música tem de aproximar as pessoas - conta o produtor. - Poucos entendiam as letras ou mesmo a língua, mas todos sentiam o poder da música. Então percebi que uma boa parte da melhor música que eu ouvia se encontrava na rua, no caminho do estúdio onde eu trabalhava. Decidi montar um estúdio de gravação móvel e procurar pelos momentos de música e inspiração onde eles estivessem.”
Poderia ter escolhido outras músicas. Escolhi War, música eternizada por Bob Marley. A razão é simples: ela conta com a participação de Bono Vox do U2, de quem sou grande fã. Existe um cd com as gravações do projeto Playing for Chance. Vale conferir.


De cara nova


"Não tenho medo de tempestades, pois estou aprendendo a navegar meu barco."
(Louisa May Alcott)

O Reminiscências está de cara nova. Finalmente. Sim, há muito tempo venho querendo mudar o visual do blog ou do template, como se diz por aqui. Estava utilizando um modelo padrão fornecido pelo próprio blogspot. Sempre achei que seria ideal ter uma cara mais personalizada. Demorei um pouco. Primeiro por falta de conhecimento. Depois, por falta de tempo. Foi preciso um pouco de pesquisa na rede em diversos blogs com dicas de como fazer a mudança e um pouco de criatividade na elaboração do novo visual. Não queria um modelo pronto. No final, acredito que tenha ficado bem legal e claro, com a minha cara. O veleiro utilizado no plano de fundo, além de ser um sonho de consumo antigo e distante, simboliza um pouco a espécie de viagem que pretendo, muito modestamente, proporcionar aos leitores desta página. O céu ao fundo também é bem representativo. O sol estará sempre brilhando mesmo que de vez em quando algumas nuvens mais carregadas resolvam aparecer.