"O caráter pode se manifestar nos grandes momentos,
mas ele é formado nos pequenos".
(Phillips Brooks)
mas ele é formado nos pequenos".
(Phillips Brooks)
O Brasil é o país do jeitinho. Todos já ouviram esta frase. O problema começa ao tentamos entender o significado da palavra jeitinho. Não irei recorrer ao dicionário. Ainda não. Não é necessário. Tenho certeza: o jeitinho brasileiro não terá ali definição. Nem poderia. Na verdade a frase é utilizada quando a intenção é quebrar regras. Burlar, enganar, iludir blefar; até onde sei não são sinônimos de jeito. Pior ainda é saber que o tal jeitinho é compreendido, pelo menos em nosso país, como uma qualidade e não um desvio de comportamento. Não quero generalizar. Há sempre as exceções. Mas, as exceções não fazem a regra.
Ser malandro é ser esperto. Este não é um texto sobre etimologia, mas não consigo evitar. O dicionário define malandro como sendo alguém que procura viver à custa do trabalho alheio ou de atividades ilícitas. Com poucos escrúpulos, não demonstra vergonha ou recato e não gosta de trabalhar. Um patife, tratante, velhaco, vil, ocioso, preguiçoso, vadio, vagabundo... Então, devemos concluir: Esperteza e malandragem são coisas bem diferentes. Graças a Deus.
Mas, quem acredita no jeitinho brasileiro não está preocupado com o significado das palavras. O problema é cultural. De educação mesmo. Não adianta ensinarmos aos nossos filhos conceitos do certo e do errado quando nossas ações não são condizentes com o discurso proferido. De maneira geral, o brasileiro é ótimo em discursos. Mas, colocá-los em prática é outra coisa.
Um dia destes, recebi um e-mail ótimo. Educação. O texto era anunciado como sendo de João Ubaldo Ribeiro. Começava dizendo: "Precisa-se de Matéria Prima para construir um País". E seguia descrevendo como o povo brasileiro gosta de levar vantagem em tudo e que o Brasil é “um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.” O texto, colocava o dedo na ferida do povo brasileiro. Apontava seus defeitos. Muitas verdades estavam escritas ali. Claro, logo pensei em transcrevê-lo aqui no blog. Fui então pesquisar o texto. Acreditem, descobri que o texto não é do João Ubaldo. Muito pelo contrário. Na internet, ele mostrava-se bastante chateado por seu nome estar sendo utilizado desta maneira. Não sei o autor do texto. Agora, nem quero saber.
Quem escreveu o texto se esqueceu de acrescentar: Pertenço a um país onde alguém escreve um texto em nome de um autor famoso apenas para facilitar sua veiculação. O autor deu um jeitinho de facilitar a divulgação. Um jeitinho brasileiro.
Ser malandro é ser esperto. Este não é um texto sobre etimologia, mas não consigo evitar. O dicionário define malandro como sendo alguém que procura viver à custa do trabalho alheio ou de atividades ilícitas. Com poucos escrúpulos, não demonstra vergonha ou recato e não gosta de trabalhar. Um patife, tratante, velhaco, vil, ocioso, preguiçoso, vadio, vagabundo... Então, devemos concluir: Esperteza e malandragem são coisas bem diferentes. Graças a Deus.
Mas, quem acredita no jeitinho brasileiro não está preocupado com o significado das palavras. O problema é cultural. De educação mesmo. Não adianta ensinarmos aos nossos filhos conceitos do certo e do errado quando nossas ações não são condizentes com o discurso proferido. De maneira geral, o brasileiro é ótimo em discursos. Mas, colocá-los em prática é outra coisa.
Um dia destes, recebi um e-mail ótimo. Educação. O texto era anunciado como sendo de João Ubaldo Ribeiro. Começava dizendo: "Precisa-se de Matéria Prima para construir um País". E seguia descrevendo como o povo brasileiro gosta de levar vantagem em tudo e que o Brasil é “um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.” O texto, colocava o dedo na ferida do povo brasileiro. Apontava seus defeitos. Muitas verdades estavam escritas ali. Claro, logo pensei em transcrevê-lo aqui no blog. Fui então pesquisar o texto. Acreditem, descobri que o texto não é do João Ubaldo. Muito pelo contrário. Na internet, ele mostrava-se bastante chateado por seu nome estar sendo utilizado desta maneira. Não sei o autor do texto. Agora, nem quero saber.
Quem escreveu o texto se esqueceu de acrescentar: Pertenço a um país onde alguém escreve um texto em nome de um autor famoso apenas para facilitar sua veiculação. O autor deu um jeitinho de facilitar a divulgação. Um jeitinho brasileiro.
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